Capítulo 2: Em fim, o encontro.
Depois de uma noite quase sem dormir eu mal conseguia ficar parada,
minha ansiedade era tamanha que eu conferia minha mala a cada 2 minutos, bom,
minha mãe estava fora, tinha ido comprar mais tequila, e meu pai? Bom eu não o
vi desde ontem, deve ter morrido de overdose, eu só sei que quando eu for a Los
Angeles eles nem vão sentir minha falta, espero.
A campainha tocou, mentalizei, só podem ser eles. Abri a porta me
esforçando para não pirar de alegria na frente deles, quando abri a porta me
deparei com dois homens altos e loiros de olhos azuis, mais pareciam aqueles
missionários da Igreja de Jesus Cristo dos santos dos últimos dias. Ambos trajando
ternos pretos e portavam fone de ouvido típico de segurança particular
corporativo, nada tinham a ver com o guarda-costas de Taylor Lautner que
acompanha o Taylor em tudo quanto é lugar usando jeans e jaqueta e ao invés da
careca tinham cabelo feito a gel, os seguranças que estavam diante de mim e o homem
que estava à esquerda olhou-me pensativo, como se estivesse tentando me
decifrar no primeiro minutos.
- Você
é Sally Tedesco certo?
- Sim - falei.
- Parabéns
você foi a ganhadora do sorteio da revista para passar um dia com Taylor
Lautner - falou o homem conferindo um papel que estava no seu bolso da calça -
Você deve ter recebido uma carta, falando sobre isso, você está com ela?
Precisamos dela para você poder seguir viagem conosco, sem contar que
precisamos da sua identidade, você é maior de 18 certo?
- Sou sim - essa foi a única vez que fiquei feliz por ter 18 anos
- Só um minuto vou pegar, podem entrar querem beber alguma coisa.
- Não obrigada - falaram os dois em coro entrando casa a dentro.
Enquanto eu ia a caminho da mesa para pegar a carta e meus documentos
não pude deixar de perceber um cochicho entre os seguranças, não entendi muito
bem o que falavam, eu resolvi deixar pra lá, com certeza não é da minha conta.
Voltei à sala e entreguei os documentos para os seguranças, enquanto eles
observavam os papéis com atenção um calafrio estranho me tomou foi algo como
ter um pressentimento, isso me deixou mais nervosa, mas resolvi ignorar. “Hoje não Sally, hoje não” dizia a mim
mesma em pensamento.
- Então
Sally, vou te explicar como vai ser – disse o segurança que ainda não tinha se dirigido a mim até então.
- Claro! Respondi.
- Vamos
chegar a Los Angeles a noite, você vai ficar no hotel e pela manhã um carro irá
buscá-la para levá-la até Sr. Lautner para um café da manhã e almoço. Em
seguida você irão juntos à San Diego, onde irá ocorrer a comic-con.
Após ditar cada passo que eu e Taylor iríamos seguir coloquei meus pés
no chão: isso não é um encontro, eu sou apenas mais uma fã! Vamos almoçar e conversar,
nada mais, logo estarei de volta a minha vida sem graça. Depois que os homens
analisaram meus documentos eles me levaram até o aeroporto lá peguei um avião
morrendo de medo que algo desse errado, mas logo me acalmei com as músicas que
tocavam no meu ipod...Depois de algumas horas que para mim representaram anos
de ansiedade, chegamos a Los Angeles. Olhei o letreiro em luzes que dizia: bem
vindo a Los Angeles, hoje é 10 de julho de 2012! Um frio na barriga me tomou assim que vi um
carro escuro com um segurança na porta de trás do carro, por que o nervosismo? Enquanto
estava no avião os seguranças me avisaram do tal carro preto estaria me
esperando. Não consigo nem pensar direito a ideia de ver Taylor Daniel Lautner pessoalmente.
Minha vontade era de sair correndo dali morrendo de vergonha, olhei para trás
para ver se meu caminho estava livre para sair correndo, mas não estavam os
seguranças bem atrás de mim, que droga meu plano A acaba de ser boicotado que
droga.
Na minha
caminhada até o tal carro preto parecia uma eternidade, eu não via quem estava
dentro, isso me deixou mais preocupada não sei por que. Entrei no carro, eu
fiquei maravilhada com as luzes, com o tamanho daquela cidade, São Paulo
pareceu pequena naquele momento. Cheguei ao luxuoso hotel em Mondrian Los
Angeles 8440 Sunset Boulevard West Hollywood, CA 7.6 mi SE, fiquei maravilhada
com tudo. Após preencher a ficha de estadia, dei boa noite à recepcionista e
fui ao meu quarto, 206, 3º andar. Joguei minha mala em cima da poltrona e me
joguei em cima da cama. Em um segundo eu era eu em outro já estava sonhando
acordada com a ilusão de chance com ele. Milhares de vozes saiam e vinham pela
minha cabeça, quantas e quantas vezes tentei entender o porquê do Taylor me
deixar tão irracional, fiquei deitada e sozinha, vendo mais uma fotografia
dele, alimentando minha mente atormentada e meu coração dilacerado. Mais uma vez pensando nele, pode parecer
inacreditável, mas penso a cada minuto, penso até me machucar, mas o que mais
podemos fazer?
Olhei para
sua foto sorrindo, eu precisava ver o seu sorriso mais uma vez antes de voltar
pra minha realidade, essa vida tão chata e vazia que de nada serve sem ele. Eu
odeio me sentir assim, estou cansada de imaginar, eu quero ele aqui. Por vezes
me odiei por amá-lo dessa maneira tão insana, mas o que posso fazer, se houvesse
uma maneira de desligar e isso doesse menos, eu faria, mas eu estou sem saída
quando o assunto é ele. O dia amanheceu, tomei banho, me arrumei e abri a
janela do quarto para olhar um pouco do lugar de onde eu estava, fiquei
congelada com paisagem do lugar, como tudo era tão perfeito... Cada coisa, cada
cor, cada detalhe, tudo combinado ao design... Fiquei em êxtase novamente e
fotografei para recordar:
É loucura
amar alguém assim, um amor tão impossível que me faz acreditar que o amanhã
pode trazer ele pra mim, mas hoje a apenas um passo de ficar cara a cara com
Taylor Lautner eu sinceramente não sei o que será de mim. Eu sobrevivo um dia
após o outro, dias quentes e abafados, onde me sufoca não tê-lo perto de mim. E
essas noites solitárias, intermináveis me fazem perceber que eu não tenho vida,
e não há nada que eu possa fazer, não tenho saída a não ser amá-lo cada vez
mais. Ainda era 7 horas da manhã, mal podia conter meus pensamentos, não sei
como sobrevivi a noite passada, mais uma noite sem ele, mais uma noite em que o
meu coração sangrou como se fosse a última gota de sangue a derramar.
Los Angeles,
cidade dos carros, sempre quis visitar, não por suas belezas, ou por tomar café
olhando as montanhas... Eu queria olhar o rosto sereno que arrebatou meu
coração em segundos. Conhecer Taylor Lautner era tudo que eu queria, e essa
chance estava cada vez mais perto, o ponteiro do relógio parou, eu mau
conseguia segurar minha dor e êxtase, estaria com ele pela manhã, tomaríamos
café juntos!
Uma batida na porta, meu coração quase parou. O carro estava na frente
do Hotel me esperando! Eu estava à dez metros do carro, quando vi o careca, o
guarda-costas que mais parece a sombra do Taylor em todo evento! Ele balançou a
cabeça me cumprimentando, sério, ele se moveu para abrir a porta do carro e eu
o vi! Saiu a mais bela pessoa do mundo: Taylor Lautner! O seu sorriso era lindo
mesmo de longe, quer dizer não tão longe assim eu estava à quatro metros dele,
ao contrário do que muitos pensam, nesse momento não dá pra gritar, sair
correndo ou agarrado, eu sempre fui uma pessoa calma e uma fã dócil, gritaria e
histeria não combinam comigo, eu fiquei paralisada, ele vinha com a majestade
de um príncipe e simplicidade como se eu fosse a pessoa mais importante da vida
dele.
- Olá - falou Taylor me dando um
abraço congelando todos os meus músculos. Eu passei a mão na cintura dele
durante o abraço, senti o cheiro do seu cabelo, meu Deus nunca vi pele tão
macia!! Era cedo e estava um pouco frio, seus lábios estavam avermelhados, ao voltar
do abraço fiquei envergonhada e encostei meu rosto em seu peito e o abracei na
cintura com as duas mãos. Taylor firmou seu queixo na minha cabeça e deslizou
seus dedos sobre meus cabelos. Depois franziu a testa e levantou meu queixo e
disse:
- Você
deve ser a Sally Tedesco, belo nome! - Eu estou louca ou ele acabou de me elogiar, estou louca mesmo, pois
ele elogiou o meu nome não eu. Isso normal, Taylor é incapaz de criticar
alguém, ou de julgar, ele disse isso porque achou o meu nome bonito, ele não
precisava mentir ou me agradar, ele era tudo pra mim.
- Oi - Foi o que consegui falar quase sem
voz, mas tentei agradecer.
- Meu
nome pode ser bonito, mas nem se compara ao seu! - o que foi que eu disse? É eu estou
ficando louca mesmo. Taylor deve achar que sou tapada pensei.
- Uau,
obrigado, vem entre no carro, está com fome? Que tal um café da manhã
reforçado? Você está merecendo após uma viagem da América do Sul só pra me ver,
não é mesmo Sally? - ele falou
gesticulando para o carro, entrei em seguida.
– Você é muito sortuda, pois teve
milhares de garotas participando - ele falou mordendo seus lábios
delicadamente...
- Pois é - falei mais calma, eu não queria estragar meu tempo com
ele. Estava nervosa e com a voz falha, mas eu não permitiria que a minha chance
fosse desperdiçada por um clima de tensão.
Então...O
que você costumava fazer na sua casa? Seu país é muito bonito. Disse Taylor se virando no banco e me
encarando docemente. O que? ele queria saber o que eu fazia na minha casa? Só
pode estar brincando!
- Nada de tão interessante comparado ao
seu trabalho - que droga
estou parecendo aquelas garotas que respondem tudo em elogios que droga!
- Eu
quero saber, á menos que você não me queira contar.
- Eu fico na internet, no Twitter,
Facebook e em fansite dedicado a você, faço cursos, afazeres domésticos, nada
interessante que vala a pena lhe contar.
- É mesmo, e o que vale a pena
falar, o que é algo interessante para você e que realmente queira conversar? – Perguntou Taylor colocando a mãe
sobre suas cochas.
-
Hum... A luta de Chael Sonnen e Anderson Silva que aconteceu sábado foi
interessante - Falei
- Oh-my-god!
Fala sério, você não viu a luta, não pode ser! Foi incrível, eu fiquei vidrado,
adoro UFC, adoro mesmo, eu assistir a luta que Silva e Sonnen no UFC 117, em
2010, e o brasileiro, Anderson mostrou porque é uma lenda, conseguiu a
finalização no fim do duelo, eu espero vê-lo quando regressar ao Brasil, não
pude ir a Las Vegas por causa de umas cenas que eu tive que gravar para Gente
grande 2. Tive que viajar à Phoenix no final de junho e isso atrasou um pouco
as filmagens.
- Sim,
eu gosto um pouco de UFC, eu vi você em Phoenix com sua mãe, seu pai e Sara
Hicks. Como está Makena? Perguntei após ver a fisionomia dele mudar ao mencionar Sara Hicks.
- Bem, está
muito bem, obrigada por perguntar. – Disse Taylor com o sorriso angelical retornando às maças do seu rosto.
Chegamos! O
café aqui é ótimo. Nós temos que tomar café da manhã e ir à editora para tirar
fotos para a EW, mas depois podemos fazer qualquer coisa!
- Que legal - falei num tom quase entediado e senti ele me
olhando. Que droga por que ele tinha que ficar me olhando? Eu queria olhar
ele...
- Vou querer
panquecas! O que você vai querer Sally, peça o que quiser que a EW paga – brincou gargalhando, não resisti e
sorri finalmente.
- Vou querer
o mesmo que você – respondi.
- Uau, você
devia sorrir sempre, nem te conheço, mas... Você carrega algum fardo? – perguntou Taylor dobrando o pescoço.
- Sim, mas ele ficou bem mais leve
depois que eu te encontrei. – Respondi.
Meu primeiro surto romântico do dia o
deixou vermelho. Graças a Deus as panquecas quebraram o silencio que a minha
declaração causou. Eu mal conseguia comer, ele comia com tanto gosto que me
dava água na boca, sempre com semblante risonho, apontava para o prato me
lembrando de comer. Me senti como a Bella naquele restaurante em Portland com o
Edward.
- Quer mais alguma coisa? Perguntou
franzindo a testa e olhando bem no centro do meu rosto.
- Não, obrigada. Estou satisfeita! – Respondi.
Chegando à editora havia uma grande movimentação de pessoas,
computadores, mensageiro, editores, colunistas, tradutores, o básico de uma
editora como a EW. Caminhamos até uma sala mais fechada logo depois das mesas
de computadores que o pessoal estava trabalhando. Era o estúdio onde iríamos
tirar as fotos.
- Oi
sortudaaa! Oi Taylor - Falou o
fotografo numa animação fora do comum.
- Oi - Falou Taylor sorrindo, aff aquele
sorriso lindo!
- Oi - eu falei - Meu nome é Sally, mais conhecida
como ''lucky'' - brinquei e senti Taylor rindo ao meu lado.
- Prazer ''lucky'' eu sou o Josh e você acaba de fazer um amigo
- ele sorriu animado, aquilo me deixou muito feliz, mas ele só queria me deixar
a vontade para facilitar seu trabalho com as fotos – pensei.
- Adorei a ideia - falei animada
- Que bom - ele falou sorrindo - então
vamos tirar logos essas fotos?
- Vamos! - Taylor falou
simplesmente.
- Ok gente fofa vocês podem ficar ali na frente para tirarmos umas
fotos maravilhosas - ele falou sorrindo preparando a câmera.
- Certo - falei animada, depois de compor músicas e tocar um
pouco meu violão tirar fotos era uma das minhas coisas favoritas para se fazer.
Tiramos umas quatro fotos e conversamos o único que ficou meio na
dele foi o Taylor mesmo assim ele sorria de uma forma linda, convenhamos
né?
- Então nós
já temos que ir resolver umas coisas, mas foi um prazer lhe conhecer - Falou Taylor de repente.
- Então
tchau - Falei com
um meio sorriso
- Tchau fofa - falou Josh -
- Vamos - ele simplesmente disse e foi até a
porta.
- Tchau
linda - o Josh
falou e eu simplesmente acenei.
Chegando ao carro Taylor abriu a porta para mim e gesticulou com a
cabeça para que eu entrasse. Gentil, essa é uma das qualidades mais comuns do Taylor...
- Taylor...
Obrigada por abrir a porta do carro, me senti muito especial.
- Você é
especial Sally. – Disse Taylor dando um sorriso monalisa.
- E você
é mais que especial – mais
uma vez meu surto romântico deu as caras e Taylor ficou sem graça novamente.
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