Capítulo 8: Um jantar inesquecível.
Abraçados
dançávamos a música e eu me desliguei do mundo... Taylor me abraçava e
acariciava meus cabelos enquanto dançávamos e a sensação que eu sentia não pode
ser descrita em idioma algum... Briguei por controle, mas perdi ao defrontar-me
com seus olhos brilhantes. Taylor me olhava como se eu fosse a pessoa mais
importante da face da terra... Seu olhar era terno e suas mãos deslizavam-se
pelos meus cabelos delineando seus dedos aos contornos do meu rosto. Era
possível ver a dor dele ao me ver chorar...
- Porque
está chorando?
- Nada,
estou com você há poucas horas e não consigo imaginar o resto da minha vida
longe de você.
- Eu
queria poder parar o que você sente! – Disse Taylor quando a música acabou.
- Eu não
quero que pare... Só quero que faça sentido. Que minha estadia aqui realmente
seja algo que eu possa dizer a mim mesma que valeu a pena.
- Você
consegue ser bem persuasiva quando quer...
- E você
consegue ser alguém difícil de persuadir...
- Não se
trata de persuasão, de me convencer... São valores Sally. Assim que eu aprendi.
Eu te respeito e não pense que é fácil manter o autocontrole diante de alguém
como você.
- Alguém
como eu? – Perguntei,
mas não tive resposta. O celular do Taylor tocou e ele pediu licença e atendeu
dentro do banheiro. Pensamentos especulativos invadiram minha mente em
segundos. “São os pais dele... Ou quem
sabe Sara Hicks, a ex-namoradinha sem sal da escola agora amiguinha com cara
buldogue. Podia ser Taylor Swift querendo voltar a dezembro”. Após tantos
surtos românticos eu estava tendo um surto de ciúmes no interior do meu coração
e implorando a Deus que continuassem lá. Taylor saiu do banheiro e colocou o
celular em cima da poltrona e veio em minha direção subindo em cima de mim. Ele
aproximou seus lábios dos meus ouvidos e sussurrou:
- Vamos
a uma festa?
- Serio? – Perguntei em choque. “Porque Taylor iria comigo a publico?”
- Na
verdade não é uma festa, é só uma confraternização da Happy Madison.
- Me diz
que está brincando Taylor.
- Não
estou. É um jantarzinho na casa do Adam.
- Adam
Sandler?
- Sim...
Vai estar o elenco principal e mais alguns Chris, Adam, Alex, Salma, Maria...
- OMG! Chris Rock,
Adam Sandler, Salma Hayek, Maria Bello?
- Sim, Maria Bello – disse Taylor sorrido.
- Ela fez o papel da sua mãe em Abduction.
- Não... Ela fez o papel da mãe do Nathan – Disse Taylor com sorriso irônico.
- Você
entendeu o que eu quis dizer engraçadinho.
- E
então vamos ou não vamos?
- Sim...
Claro...
- O que
devo usar? – Perguntei.
-
Qualquer coisa que te faça se sentir confortável.
- E
você?
- Vou me
vestir e volto. Não se apresse, ainda são 19:00 horas. Pelo menos umas 20:30
estarei de volta dependendo do trânsito.
Revirei minha
mala e não achei nada digno de vestir para acompanhá-lo. Eu ia sair com ele...
Ninguém tem ideia do tamanho do meu desespero. Eu tinha uma hora e meia, e
esses minutos iriam demorar a passar, sem falar no medo de Taylor não voltar.
Resolvi inovar. Peguei meu cartão de crédito e corri no shopping de Los Angeles
a procura de um vestido decente. Levei pelo menos uns 10 minutos para parar um
taxi. Era sexta-feira e a cidade estava agitada. As lojas do shopping eram
lindas e as roupas mais lindas ainda. Olhei alguns modelos rapidamente até que
visualizei um vestido perfeito em um manequim. Era vestido da cor creme com uns
babados no busto acompanhando o decote. Eu queria ir apresentável e não sair
com Taylor usando qualquer coisa como se fosse comprara um DVD pirata na
esquina. Please é Taylor Lautner! Vesti-me rapidamente e caprichei na
maquiagem. Eu tremia de tão nervosa. Alguém bateu na porta “É ele” – Pensei atordoada. Taylor entrou pela porta deslumbrante.
Usava uma camisa preta gola V e uma Jaqueta Visconti Marrom com zíper. Seus
cabelos estavam penteados estrategicamente para cima com uma meia dúzia de fios
caídos sob a testa e claro, ele estava com seus inseparáveis coturnos
desgastado que minha amiga Letícia Tavares costuma brincar que estão sujos. O
sorriso estava lindo. Taylor me olhou e ficou pensativo por um instante.
- Tudo
bem?
- Sim...
É eu estava tão preocupado em não te deixar esperando que acabei esquecendo de
usar um perfume. Isso nunca aconteceu antes, entre mais de uma dúzia de
perfumes não passei nenhum.
- É o
destino... Eu queria mesmo te dá um presente.
Sei o quanto adora fragrâncias e por isso trouxe um perfume do Brasil. Eu
não sou rica, mas é de coração.
-
Malbec! Parece bom. – Taylor
apertou o spray sob o pulso para sentir a fragrância do perfume. A sugestão
pela escolha do perfume foi da minha amiga Bianca Lopez que me mataria se eu
não entregasse a ele.
- Porque essa escolha? – Perguntou Taylor curioso por causa do perfume. Malbec
é a verdadeira essência da masculinidade - uma mistura poderosa das qualidades
atemporais dos homens de sucesso. Combinando bom gosto e sofisticação, Malbec
existe para deixar uma impressão única, para deixar sua marca. É uma fragrância
rara, criada para o homem incomum: definitivamente poderoso e naturalmente
sofisticado. Um homem que instiga, provoca, conquista e marca. Sempre.
É a primeira
fragrância do mundo fabricada com álcool vínico - extraído da destilação do
vinho - e macerada em tanques de carvalho francês. Tudo para garantir
personalidade única à composição. E isso acontece na própria fábrica de O
Boticário, que tem um espaço exclusivo para os barris de carvalho na produção
de Malbec. O componente-chave da fragrância - e o que o torna único no mercado
- são os acordes do Living Malbec, que possui notas frescas, amadeiradas e de
especiarias tendo como base ameixa, carvalho e baunilha.
- Nossa,
você leu isso onde? – brincou Taylor.
Perfeito! É serio Sally, eu adorei. Sempre que
usar vou me lembrar de você! – Disse Taylor apertando o spray sob o seu pescoço e canto das orelhas.
- Você
está perfeita. Pra quem é isso tudo?
- Alex
Ludwing – Respondi
brincando.
- Antes
de irmos posso te fazer uma pergunta?
- Você acabou de fazer...
- Uau!
Engraçadinho... Duas perguntas então... Eu queria saber o que você quis dizer quando
disse que era difícil de resistir a “alguém como eu” antes de atender ao
telefone?
- Alguém
como você?
- Eu
falei sem pensar... É segredo... Um dia te conto.
- Um
dia? Você fala como se fosse haver outro dia. Como se no seu futuro houvesse um
espaço pra mim...
Taylor ficou
mudo por 3 segundos e desconversou. Saímos do Hotel e fomos até a casa de Adam
Sandler. Dentro do carro Taylor segurou minha mão até chegarmos á área residencial.
Taylor não disse nada dentro do carro, apenas me olhava a cada dois segundos
conferindo meu semblante. E eu estava simplesmente apavorada. Ao chegarmos
percebi o quanto a casa era bonita, moderna e confortável. Adam abriu a porta
com um sorriso comum à sua peculiaridade.
- Boa
noite? – Disse Taylor
acenando para todos sentados na grande mesa de vidro.
- Esta é
minha amiga Sally. Disse Taylor. Adam apertou minhas mãos me dando boas
vindas.
- Boa
noite gente? – Cumprimentei constrangida.
Taylor me olhou e sorriu.
- O que
foi? – Perguntei querendo saber o motivo do riso.
- Nada...
É que você é tão branquinha que fica vermelha com facilidade. Suas bochechas
coram... Você fica mais linda ainda quando está tímida.
-
Obrigada. Isso vindo de você é uma ostentação.
- Não
exagera Sally. – Disse Taylor
apontando para as pessoas que estavam se aproximando. Este é Alex, Chris, e Salma.
– Disse Taylor me apresentando. Alex Ludwig é bem mais bonito que nas fotos.
- Eu amo
sua série. Todos os dias repete e todas as vezes não consigo parar de assistir,
é simplesmente original e engraçada. Um verdadeiro sucesso no meu país.
Qualquer pessoa de criança a adultos amam “Todo mundo odeia o Chris”.
- Que
bom obrigado – Disse Chris
Rock
- Qual seu país querida?
-
Brasil! – Nossa... Maravilhoso. O carnaval, o samba, as mulheres são lindas... Amo
seu país. Com sinceridade.
- Boa
noite – Disse uma voz
atrás de mim. Virei-me rapidamente para ver do que se tratava. Alto, bonito e
sorriso lindo. Ao contrário do pai, era muito charmoso. Não esperava vê-lo: Patrick
Schwarzenegger. O filho de Arnold Schwarzenegger estava bem diante dos meus
olhos.
- Tudo
bem? – Perguntou Patrick
apertando minha mão e em seguida a do Taylor. Lembrei-me da expressão usada por
Michael Newton em Twilight ao dizer a Bella que Edward a olhava como se fosse
comida. Foi exatamente assim que ele me olhou. Taylor percebeu e disse:
- Vamos Sally, vou te apresentar David Henry.
Fiquei
paralisada. Ao vê-lo me lembrei de Selena Gomez. Não tem como não associar os
dois aos feiticeiros de Waverly Place. David se aproximou e além de apertar
minha mão me deu um beijo no rosto e um abraço leve. Patrick Schwarzenegger nos
observava. Ele notou que Taylor não simpatizava com ele e tomou aquilo como um
desafio machista. Olhei para ele e sorri educadamente e ele recebeu aquilo como
um encorajamento e veio em nossa direção.
- Desculpa
você não me disse seu nome! – Queixou-se olhando a reação de Taylor.
- Sally
Tedesco.
- Lindo
nome... Combina com a dona. – Replicou Patrick. Ele ia fazer mais um elogio, mas foi interrompido
por Maria Bello que veio feito um furacão quando viu Taylor.
- OMG! Que saudade de você criança. – Disse Maria abraçando Taylor.
- Pois é
eu também estou. Não nos vemos desde a mesa de distribuição dos scripts de
Grown Ups 2. – Disse Taylor.
- Bom te
ver e quem é a Bela jovem?
- Muito
prazer, me chamo Sally. – Respondi. Maria se afastou rapidamente ao ver Millo Ventimiglia. Tinha
um garçom com champanhe, despistei Taylor apontando para Salma Hayek e sai em
busca de uma taça. Eu nunca tinha bebido bebida alcoólica na minha vida, mas eu
estava apavorada e quando meus pais estavam nervosos era o que faziam para se
acalmar. Peguei a taça de champanhe e corri para a sacada. Virei em apenas um
gole e percebi que precisaria de muito mais para me acalmar. Passei por duas
salas de estar e cheguei à cozinha e tomei meia garrafa de uma só vez. Respirei
fundo e tropecei em alguém se tão apressada que estava. Era ele novamente,
Patrick Schwarzenegger!
- Oi...
Estava te procurando. Estou intrigado. Notei que seu inglês tem um sotaque
diferente. Você é britânica?
- Não,
sou brasileira...
- Uau.
Que maravilha, tenho muita vontade de visitar seu país. Vocês são tão
alegres...
- Sim...
Você vai adorar. – Respondi
tentando desviar e voltar ao saguão onde Taylor estava.
- Seu
namorado lobo deve estar te procurando.
- Ele
não é meu namorado. – Respondi
notando em seguida que Taylor nos observava. Patrick Schwarzenegger se afastou
encarando Taylor como Edward faz com Jacob.
- Oi,
Taylor! – Acenei. Há
quanto tempo está aí?
- Cheguei
um pouco antes do “ele não é meu namorado”. – Ironizou Taylor me surpreendendo. Eu não conhecia
esse seu lado.
Vamos? – Disse Taylor mostrando-se arrependido por seu tom
irônico. Sim. Vou beber um pouco de água e já te acompanho. Voltei à cozinha e
virei a outra metade da garrafa. Respirei fundo e voltei ao saguão
completamente bêbada! Sentei no sofá e minha cabeça começou a girar. Estava
bêbada, porém calma. Não ouvi uma sequer palavra pronunciada na festa que não
fosse a voz do Taylor... E a voz do Patrick que sempre me incluía no meio da
conversa e eu só balançava a cabeça em gesto afirmativo.
- Eu queria
levantar, mas tinha medo de não conseguir andar. Taylor notou que eu estava com
os olhos avermelhados e ficou pensativo por meio segundo.
- Está
tudo bem? Você andou chorando? Vamos jantar? – Perguntou Taylor sussurrando em meu ouvido. Sim! Estou ótima! Não obrigada. Não quero comer - Respondi.
- Quer
ir? – Perguntou Taylor ao
ser interrompido pela vibração do seu celular. Com licença, vou atender e já
volto.
Taylor saiu e
Patrick Schwarzenegger se aproximou. Quer ver o jardim? Perguntou se levantando. Eu o segui até a entrada da casa
de Adam Sandler. Era a chance de levantar e dar uma volta. Taylor havia ido
para os fundos da residência atender o telefone.
- Você é
linda...
-
Obrigada! Respondi
vendo Patrick Schwarzenegger e o vulto de mais três idênticos a sua fisionomia.
Eu estava vendo triplicado. Estava piorando... Eu sentia como se fosse desabar
a qualquer momento.
- Começamos a
andar pelos tijolos marrons, havia um pequeno muro coberto por uma grama fina
parecida com camurça. Patrick me observava...
- Então
o garoto lobo não é seu namorado...
- Não...
Só ganhei a chance de estar com ele em uma promoção para fãs pela Entertainment
Weekly magazine.
- Que interessante! Quando volta ao seu país
de origem?
- Amanha
às nove da manhã pego o meu vôo.
- O que
acha de se divertir um pouco mais antes de ir. Te deixo em casa até as 3 da
madrugada e você ainda vai ter umas horas para dormir, sem falar do vôo.
- Se
divertir? De que tipo de diversão está falando?
Patrick Schwarzenegger
moveu os lábios para responder, mas não teve chance.
- Com
licença... Qual seu problema? – Interrompeu Taylor dirigindo-se a Patrick Schwarzenegger em tom
agressivo.
- Desde
que chegamos você não sai do pé da garota... Ela está comigo... Você é cego?
- Cego
eu? Acho que isso se encaixa com você e não comigo. Se ela estivesse comigo não
ia precisar entornar uma garrafa de champanhe em seu organismo para me
suportar. Você é chato. Com licença Sally. Boa sorte.
Taylor me
olhou com olhar reprovativo. Eu abaixei a cabeça e sentei na borda do chafariz
do jardim de Adam Sandler. Ele cruzou os braços e me observou por um minuto sem
dizer uma palavra sequer.
- Então
você bebe? – Perguntou
Taylor quebrando silencio.
- Essa é
a primeira vez Taylor... Juro.
- Pelo
visto você veio a Los Angeles para ter muitas experiências pela primeira vez.
- Eu só
vim porque eu te amo. E a essa altura já percebi que sou apenas mais uma fã
idiota achando que tinha uma chance com você. Eu fiquei no seu mundo por duas
horas e já estou bêbada... É demais pra mim. Leve-me de volta ao Hotel. Por
favor. Não quero mais ver ninguém.
- Nem
Patrick Schwarzenegger? – Perguntou Taylor ironizando.
- Porque
eu queria ver esse cara?
- Não sei...
Vocês se comunicaram mais do nós dois a noite inteira.
- Não
sei do que está falando...
- É
sempre assim? Você é sempre assediada pelos homens?
- Claro
que não Taylor...
- Era
disse que eu estava falando Sally... Lembra que eu disse que era difícil
resistir a alguém como você? Era isso que eu queria dizer. É difícil, quase
impossível resistir, você é um convite ao sexo!
- Que
ironia.
- Onde
você vê ironia Sally?
- Como
posso ser um convite ao sexo e ser rejeitada como tenho sido. Tentei tranzar
com você desde que cheguei.
- Você
vai ter sua chance...
Entrei dentro
do carro. O motorista percebeu que eu não estava legal. Taylor apertou minha
mão e puxou minha cabeça convidando-me a deitar em seu colo. Devido às
circunstâncias dormi. Ouvi alguém batendo na porta do hotel. Acordei assustada.
Não lembrava como tinha chegado a minha suíte. Olhei no relógio era meio dia! “Perdi o vôo”!
Próximo
capítulo: Uma noite como lembrança - Sábado!