Se o imprinting nunca tivesse acontecido, acha que o final teria sido melhor para Jacob?
Taylor Lautner — Acho que ele deveria terminar com a Bella (risos). Seria justo. Durante a saga, acho que ele fez o suficiente para mostrar a trataria bem. Se bem que o Edward também. No fundo, ela não teria errado fazendo qualquer escolha, apesar dos dois caras serem bem diferentes.
Como é lembrar do seu próprio passado e ver o ponto em que está hoje?
Lautner — É difícil de entender. Como disse, acho que dei uma sorte danada. Nem compreendo muito bem. Mas a jornada até aqui foi fantástica. Não poderia ter sido mais gratificante. Mas ainda assim é difícil de acreditar. Tenho que ficar aqui me beliscando, par saber se é tudo de verdade. Para mim, tem sido incrível.
O que te fez ser ator?
Lautner — Simplesmente adorava cinema, adorava ver filmes. Me perguntava como seria divertido fingir ser outra pessoa. É como um jogo, uma brincadeira. Agora que faço isso há dez anos, é muito mais legal do que poderia ter sonhado. Não imaginava que poderia atuar com pessoas tão incríveis, e desempenhar um papel tão incrível.
Espera poder participar de outros filmes de grande bilheteria como este?
Lautner — Isso é verdade, foi um grande sucesso. Mas não se pode esperar isso sempre que se faz um filme. Temos que aproveitar cada um desses momentos, mas é preciso fazer outros filmes também. Este é meu trabalho, e gostaria de seguir assim.
Apesar do fim dessa história, há rumores de que Jacob pode prosseguir em mais filmes. Você estaria disposto a reinterpretá-lo?
Lautner — Não ouvi nada a esse respeito (risos), mas tudo envolvendo essa franquia e tudo o que venha da mente da Stephenie (Meyer, autora dos livros) eu levaria em conta. Adoro esse personagem, foi difícil me despedir dele. Se pudesse trabalhar com as mesmas pessoas de novo, seria uma experiência fabulosa.
Qual a coisa mais engraçada pela qual passou com Robert (Pattinson) e Kristen (Stewart) no set de filmagens?
Lautner — Não consigo me lembrar agora de nada específico. Mas posso garantir que os dois são muito engraçados. Kristen e Robert são alguns dos meus melhores amigos. Adoro os dois. A gente se divertia horrores, vivíamos fazendo piadas. Quando Robert e eu precisávamos fazer cenas sérias, pois nossos personagens não se gostam, era sempre engraçado. Porque aquilo não corresponde à vida real, a gente tinha que fingir que se detestava.
Como foi o processo seletivo para conseguir o papel?
Lautner — Não tenho certeza, mas acho que deve ter havido toneladas de pessoas fazendo testes. Eu fiz dois, e levei uns meses para descobrir que havia sido escolhido. Fiquei enlouquecido, muito feliz mesmo. O trabalho ficou mais difícil em “Lua Nova” (segundo longa da saga), quando Jacob está mais crescido. Essa transformação deu trabalho. Mas fiquei feliz de continuar a poder fazê-lo.
Quais são seus novos projetos?
Lautner — O próximo filme em que vocês provavelmente vão me ver será em “Grown ups 2″. O original foi lançado no ano passado. Sou amigo do Adam Sandler, e ele me pediu para fazer uma ponta. Espero que vocês curtam este próximo papel.
Por conta do sucesso, como você lida com a falta de privacidade?
Lautner — Tudo tem seus prós e contras, lados positivos e negativos. Neste caso, temos a questão da falta de privacidade, que é um problema. Mas consigo encontrar maneiras de fazer tudo o que quero. Requer apenas mais planejamento. Mas não deixo de fazer nada, não fico trancado em casa. Isso é muito pequeno perto de todo o resto.
Você costuma ir ao cinema?
Lautner — Ia bastante há muito tempo. Depois, tive que parar um pouco. Agora costumo ver filmes em sessões às terças, às 11h. Tem funcionado muito bem (risos).
Conseguiu dar uma fugida pelo Rio?
Lautner — Infelizmente cheguei ontem à noite, precisamente à 1h. E, logo que acordei, tive que começar a trabalhar. A primeira vez que saí do hotel foi aqui em frente, na calçada, por 30 minutos. Vi a praia ontem à noite, e parece maravilhosa. Acho que preciso voltar ao Rio, só que de férias (risos).
Resuma a saga “Crepúsculo” em uma palavra…
Lautner — “Tudo”. Nunca pensei que estaria aqui hoje. Para mim, é isso o que significa: tudo, além das boas lembranças e das pessoas que conheci. Não desista daquilo que vocês queiram fazer. Trabalhem muito. E busquem o que querem.
Você tem namorada?
Lautner — Não. Sou muito jovem, moço demais. No momento, não estou com ninguém.
Seus pais te ajudaram na carreira?
Lautner — Tinha 12 anos quando fiz meu primeiro filme. Sim, meus pais me ajudaram muito, sem dúvida. E ainda me ajudam. Ele são extremamente importantes para mim.
Você se inspira em alguém para atuar?
Lautner — São diferentes tipos de inspiração: atores que admiro, filmes que gosto… Tento aprender com eles e com as pessoas com as quais trabalho.
Há algo em comum entre Taylor e Jacob?
Lautner — Ele é leal, não só à Bella como a todos. Espero que as pessoas que me conhecem identifiquem isso em mim. Ele é persistente também. Sabe o que quer, não aceita “não” como resposta. Como eu.
O que os fãs representam para você?
Lautner — Representam muitíssimo. As pessoas ao redor do mundo são apaixonadas. Ainda hoje conseguem nos surpreender. É possível perceber essa paixão em seus rostos, em suas vozes. Eu não estaria aqui se não fosse por isso.
Você já assistiu ao filme? Pode nos contar as surpresas?
Lautner — Se eu contasse, deixariam de ser surpresas. Não fiquem zangadas (risos). Acho o filme fantástico, é o melhor de todos. É um filme grandioso. Os meninos vão adorar a ação. Mas, para as meninas, também tem romance. É uma excelente conclusão para a franquia. Todos os envolvidos fizeram um trabalho grandioso. E acho que vocês vão acabar deixando cair umas lagrimazinhas (risos).