Fanfiction: Uma chance com Taylor Lautner – Cap. 20: A dor do adeus



“Don't Stop Dancing at times life is wicked and I just can't see the light. A silver lining sometimes isn't enough. To make some wrongs seem right. Whatever life brings. I've been through everything. And now I'm on my knees again. But I know I must go on although I hurt I must be strong. Because inside I know that many feel this way. Children don't stop dancing. Believe you can fly. Away... away. At times life's unfair. And you know it's plain to see. Hey God I know I'm just a dot in this world. Have you forgot about me? Whatever life brings. I've been through everything. And now I'm on my knees again. But I know I must go on. Although I hurt I must be strong. Because inside I know that many feel this way. Chilldren don't stop dancing. Believe you can fly. Away... away. Am I hiding in the shadows? Forget the pain and forget the sorrows. But I know I must go on. Although I hurt I must be strong. Because inside I know that many feel this way. Children don't stop dancing. Believe you can fly. Away... away. Am I hiding in the shadows? Are we hiding in the shadows?”.
(CREED)

Deitado em seus braços nem vi o tempo passar. Ali refugiada em seus braços quentes era o único lugar que eu queria estar. Taylor estava pensativo e por diversas vezes dava longos suspiros, como se estivesse desapontado com a situação, com a vida, ou com ele mesmo.

Era madrugada, eu sentia calafrios com o vento que entrava pela sacada que Taylor havia deixado aberta. Eu nunca entendi porque ele a deixava aberta. A essa altura eu via que ele desejava iniciar o que seria nossa última conversa, mas eu não desejava tê-la, talvez eu me arrependesse um dia, mas no momento eu queria aproveitar mais.


Como após ter esse lindo homem nos braços eu seguiria em frente? Meu coração se mantinha confuso. Pensei em diversas maneiras de fugir do adeus e conquistar quem eu amo, mas... Eu nem ao menos sabia por onde começar. O que fazer em uma hora dessas? Consultar a melhor amiga era o mais indicado a fazer.

- Posso te pedir uma coisa? – Disse eu interrompendo sua concentração.

- Claro Sally. O que você quiser.

- Preciso fazer uma ligação. Aqui não tem minha operadora. Posso usar seu celular?

- Pode, mas cuidado, afinal é meu número e eu odiaria ter que trocá-lo caso vazasse – Disse Taylor

- Não se preocupe, é minha melhor amiga. Imagine a pessoa mais confiável do mundo, essa é Aléxia Augusto, seu número nunca vazará se depender dela. Acredite!

- Certo! Ela é bonita? – Perguntou Taylor com um sorriso safado.

- Ela é linda, perfeita. Por quê?

- Já que ela vai ter meu número podemos nos falar! Provocou-me.

- Claro... Vocês vão se entender. Ela adora ouvir Glee, Guns N' Roses... Coldplay – Disse eu me recusando a entrar no seu jogo.

Peguei o telefone e liguei para Aléxia que ficou 5 minutos muda do outro lado da linha ao saber que eu ligava do celular do Taylor. Ela entendeu que estávamos juntos. Senti-me melhor em compartilhar com isso com ela, afinal, eu havia guardado esse feito somente para mim até o presente momento.

O mais estranho nos melhores amigos é a aceitação. Em nenhum momento ela questionou nada, ou pensou que fosse mentira, delírio ou trote. Aléxia acreditava em mim, ao contrário da minha família que teria me internado em uma casa de apoio a pessoas com problemas psicológicos.

Recordei da primeira vez que li a frase do poeta Willian Shakespeare “Os amigos são a família que nos permitiram escolher” achei bonita, mas nunca senti que fizesse tanto sentido quanto agora, e Aléxia era a amiga que eu pude escolher. Ela é a família que Deus me permitiu escolher. Isso bastava e eu realmente me sentia bem.

Aléxia tinha 17 anos e uma sabedoria inestimável. Após meu drama e choro ela me disse pouca coisa, mas que fizeram toda a diferença. Sem meias palavras ela me disse para sugar cada segundo ao lado do Taylor e fazer com que eles alimentassem minha vida por um longo tempo, até eu poder caminhar com meus próprios pés e chegar onde eu queria. “É temporário” dizia Aléxia dando-me força de onde eu não tinha mais de onde tirar “Não lute agora, na hora certa o que tiver que ser”. As palavras delas eram o que eu realmente precisava ouvir. Eu seria forte, diria adeus e voltaria ao Brasil de cabeça erguida!

Ao voltar à cama e ver Taylor Lautner todas as minhas forças saíram. Tudo não passou de encenação, eu estava ficando boa nisso, fui tão boa atriz que enganei a mim mesma. Devolvi o telefone a ele que colocou debaixo do travesseiro. Não havia como evitar seu discurso:

- Eu olho para dentro de mim mesmo e só encontro você. Não sei aonde eu me perdi, só sei que gostaria muito de me encontrar.  

- Eu procuro por palavras, Taylor eu juro, mas eu te amo tanto que não dá para dizer o que sinto de maneira substancial.

- Então não diz nada Sally. – Interrompeu-me com um beijo.

Taylor olhou da maneira mais profunda que alguém pode olhar, não era eu que o venerava mais, era ele... Houve um conflito de sentimentos, Taylor me amava agora... Nós nos amávamos. O que mais alguém pode querer além do amor de Taylor Lautner?

Eu estava decepcionada com o fato de conquistar o coração do homem que amava, sem conquistá-lo de fato. Era algo estranho até para pensar. Eu tinha seu coração, mas não teria seu corpo?

As decepções nos deixam derrotados, mas na verdade as decepções são um presente, pois após nos decepcionarmos iniciamos uma mudança interior, por isso é um presente, pois possibilitam uma transformação. Devemos estar sempre aberto a novas mudanças e não se atemorizar quanto às transformações naturais para o desenvolvimento do seu caráter. Eu precisava perder Taylor para ser quem eu sou hoje.

Existem coisas mais importantes que ficar junto com alguém, às vezes é bom ir a locais solitários e silenciosos que existem em nossas mentes para apreciar o prazer de não se fazer nada.  Quando ficamos profundamente tristes aprendemos a dar valor aos momentos felizes. É necessária muita coragem para dar espaço a si mesmo e se dar o direito as suas próprias escolhas, ainda que pareça estupidez. Às vezes é preciso agradecer a Deus até mesmo pelo medo, principalmente pelo medo de perder alguém ou magoar alguém a quem você ama. A maioria das pessoas esqueceu-se de como se amar e a cuidar uns dos outros.

Apenas um sorriso possibilita o conhecimento de pessoas incríveis. Às vezes você sentirá como se não fizesse parte de nada, como se não combinassem com ninguém ou não se adaptasse ao meio em que vive. Quando você estiver assim e não souber o que fazer, apenas esvazie sua mente. É bom se desconectar do mundo para compreender como ele funciona.

Nem tudo é como você quer, mas talvez seja a hora errada, como disse Aléxia. Não há como lutar contra o que não pode ser vencido. Não vale a pena estragar seu pouco tempo nesse mundo reclamando porque não chegou onde deveria ou porque não conseguiu o que quer. Quando é a hora errada não adianta lamentar porque a hora certa vai chegar, basta saber esperar e não deixar essa hora passar.

Nunca odiei tanto o sol quanto esse dia! Taylor e eu ficamos abraçados durante um longo tempo. Eu chorei em seus braços como uma criança que é acalentada pela mãe após levar um tombo, e era isso que estava acontecendo comigo. Dei um longo passo e cai...

Taylor não dizia nada. Alguém bateu na porta. Era o serviço de quarto com o café da manhã. Taylor o trouxe na cama para mim como fez nas nossas manhas juntos. Ele me mimou tanto, levava tudo na minha boca... Nosso café foi interrompido pelo seu celular que tocava. Ele atendeu. Pelo que entendi, ele dispensava sua equipe de me levar ao LAX. Ele o faria. Isso seria mais doloroso...

- Tudo bem? – Perguntei.

- Sim! Eram as minhas agentes. Eu as dispensei.

- Quem vai me levar ao aeroporto?

- Eu...

- De taxi?

- Não, Tarik vem de carro e nos leva.

- Tarik Kanafani, seu assistente?

- Sim... O próprio.

- Certo.

Continuamos o café. Taylor não engolia nada. Ele parecia sofrer mais que eu. Isso era tão evidente que ele tremia...

- Vou te ajudar a arrumar suas coisas.

- Obrigada!

- Precisa de mais alguma coisa? Autógrafos? Sei lá qualquer coisa.

- Sim... Gostaria que autografasse esses papéis.

 Taylor procurou uma caneta e autografou o primeiro pedaço de papel como se não acreditasse que era o fim.

- Quais os nomes para quem devo autografar?

- Normalmente você só assina. Porque quer saber o nome das minhas amigas?

- Elas são especiais... Não que as demais também não sejam, mas é que aqui não estou parado na rua ou em uma Premiere. Posso fazer personalizado. Elas serão privilegiadas pela situação.

- Que situação?

- Elas serão amigas da mulher que eu amo. Disse Taylor fazendo com que suas palavras soassem como crueldade. Respirei fundo, mas ainda assim respondi chorando:

- Os nomes delas são: Ana Carolina, Letícia Monteiro, Nubia Lafaeth, Laura Gemea, Dayany Marques, Jéssica Kéli, Amanda Amaral, Vitória Coelho, Adriana Ribeiro, Raquel Rosa Ribeiro, Bia Matos, Carla Josiane Freire, Mariana Fernandes, Alessandra Santana, Keila calixto, Daya, Aléxia Augusto, Eduarda Mautner, Bianca Lopez, Sthefany, Maria Adriana Paulista, Sabrina Yamassaki, Aline Nascimento, e Let.

Taylor escreveu todos os nomes e ainda fez umas carinhas em cada folha de papel. Eram muitos nomes, e eu sabia que não estavam todos, mas elas iriam me perdoar...

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