.jpg)
“Don't Stop Dancing
at times life is wicked and I just can't see the light. A silver lining
sometimes isn't enough. To make some wrongs seem right. Whatever life brings. I've
been through everything. And now I'm on my knees again. But I know I must go on
although I hurt I must be strong. Because inside I know that many feel this way.
Children don't stop dancing. Believe you can fly. Away... away. At times life's
unfair. And you know it's plain to see. Hey God I know I'm just a dot in this
world. Have you forgot about me? Whatever life brings. I've been through
everything. And now I'm on my knees again. But I know I must go on. Although I
hurt I must be strong. Because inside I know that many feel this way. Chilldren
don't stop dancing. Believe you can fly. Away... away. Am I hiding in the
shadows? Forget the pain and forget the sorrows. But I know I must go on. Although
I hurt I must be strong. Because inside I know that many feel this way. Children
don't stop dancing. Believe you can fly. Away... away. Am I hiding in the shadows? Are we hiding in the shadows?”.
(CREED)
Deitado em
seus braços nem vi o tempo passar. Ali refugiada em seus braços quentes era o
único lugar que eu queria estar. Taylor estava pensativo e por diversas vezes
dava longos suspiros, como se estivesse desapontado com a situação, com a vida,
ou com ele mesmo.
Era
madrugada, eu sentia calafrios com o vento que entrava pela sacada que Taylor
havia deixado aberta. Eu nunca entendi porque ele a deixava aberta. A essa
altura eu via que ele desejava iniciar o que seria nossa última conversa, mas
eu não desejava tê-la, talvez eu me arrependesse um dia, mas no momento eu
queria aproveitar mais.
Como após ter
esse lindo homem nos braços eu seguiria em frente? Meu coração se mantinha
confuso. Pensei em diversas maneiras de fugir do adeus e conquistar quem eu
amo, mas... Eu nem ao menos sabia por onde começar. O que fazer em uma hora dessas?
Consultar a melhor amiga era o mais indicado a fazer.
- Posso
te pedir uma coisa? – Disse
eu interrompendo sua concentração.
- Claro
Sally. O que você quiser.
-
Preciso fazer uma ligação. Aqui não tem minha operadora. Posso usar seu
celular?
- Pode,
mas cuidado, afinal é meu número e eu odiaria ter que trocá-lo caso vazasse – Disse Taylor
- Não se
preocupe, é minha melhor amiga. Imagine a pessoa mais confiável do mundo, essa
é Aléxia Augusto, seu número nunca vazará se depender dela. Acredite!
- Certo!
Ela é bonita? – Perguntou Taylor
com um sorriso safado.
- Ela é
linda, perfeita. Por quê?
- Já que
ela vai ter meu número podemos nos falar! Provocou-me.
- Claro...
Vocês vão se entender. Ela adora ouvir Glee, Guns N' Roses... Coldplay – Disse eu me recusando a entrar no seu jogo.
Peguei o
telefone e liguei para Aléxia que ficou 5 minutos muda do outro lado da linha
ao saber que eu ligava do celular do Taylor. Ela entendeu que estávamos juntos.
Senti-me melhor em compartilhar com isso com ela, afinal, eu havia guardado
esse feito somente para mim até o presente momento.
O mais estranho
nos melhores amigos é a aceitação. Em nenhum momento ela questionou nada, ou
pensou que fosse mentira, delírio ou trote. Aléxia acreditava em mim, ao
contrário da minha família que teria me internado em uma casa de apoio a
pessoas com problemas psicológicos.
Recordei da
primeira vez que li a frase do poeta Willian Shakespeare “Os amigos são a família que nos permitiram escolher” achei bonita,
mas nunca senti que fizesse tanto sentido quanto agora, e Aléxia era a amiga
que eu pude escolher. Ela é a família que Deus me permitiu escolher. Isso
bastava e eu realmente me sentia bem.
Aléxia tinha
17 anos e uma sabedoria inestimável. Após meu drama e choro ela me disse pouca
coisa, mas que fizeram toda a diferença. Sem meias palavras ela me disse para
sugar cada segundo ao lado do Taylor e fazer com que eles alimentassem minha
vida por um longo tempo, até eu poder caminhar com meus próprios pés e chegar
onde eu queria. “É temporário” dizia Aléxia dando-me força de onde eu não tinha
mais de onde tirar “Não lute agora, na hora certa o que tiver que ser”. As
palavras delas eram o que eu realmente precisava ouvir. Eu seria forte, diria
adeus e voltaria ao Brasil de cabeça erguida!
Ao voltar à
cama e ver Taylor Lautner todas as minhas forças saíram. Tudo não passou de encenação,
eu estava ficando boa nisso, fui tão boa atriz que enganei a mim mesma. Devolvi
o telefone a ele que colocou debaixo do travesseiro. Não havia como evitar seu
discurso:
- Eu
olho para dentro de mim mesmo e só encontro você. Não sei aonde eu me perdi, só
sei que gostaria muito de me encontrar.
- Eu
procuro por palavras, Taylor eu juro, mas eu te amo tanto que não dá para dizer
o que sinto de maneira substancial.
- Então
não diz nada Sally. – Interrompeu-me
com um beijo.
Taylor olhou
da maneira mais profunda que alguém pode olhar, não era eu que o venerava mais,
era ele... Houve um conflito de sentimentos, Taylor me amava agora... Nós nos amávamos.
O que mais alguém pode querer além do amor de Taylor Lautner?
Eu estava
decepcionada com o fato de conquistar o coração do homem que amava, sem
conquistá-lo de fato. Era algo estranho até para pensar. Eu tinha seu coração,
mas não teria seu corpo?
As decepções nos
deixam derrotados, mas na verdade as decepções são um presente, pois após nos
decepcionarmos iniciamos uma mudança interior, por isso é um presente, pois
possibilitam uma transformação. Devemos estar sempre aberto a novas mudanças e
não se atemorizar quanto às transformações naturais para o desenvolvimento do
seu caráter. Eu precisava perder Taylor para ser quem eu sou hoje.
Existem
coisas mais importantes que ficar junto com alguém, às vezes é bom ir a locais
solitários e silenciosos que existem em nossas mentes para apreciar o prazer de
não se fazer nada. Quando ficamos
profundamente tristes aprendemos a dar valor aos momentos felizes. É necessária
muita coragem para dar espaço a si mesmo e se dar o direito as suas próprias
escolhas, ainda que pareça estupidez. Às vezes é preciso agradecer a Deus até
mesmo pelo medo, principalmente pelo medo de perder alguém ou magoar alguém a
quem você ama. A maioria das pessoas esqueceu-se de como se amar e a cuidar uns
dos outros.
Apenas um
sorriso possibilita o conhecimento de pessoas incríveis. Às vezes você sentirá
como se não fizesse parte de nada, como se não combinassem com ninguém ou não
se adaptasse ao meio em que vive. Quando você estiver assim e não souber o que
fazer, apenas esvazie sua mente. É bom se desconectar do mundo para compreender
como ele funciona.
Nem tudo é
como você quer, mas talvez seja a hora errada, como disse Aléxia. Não há como
lutar contra o que não pode ser vencido. Não vale a pena estragar seu pouco
tempo nesse mundo reclamando porque não chegou onde deveria ou porque não
conseguiu o que quer. Quando é a hora errada não adianta lamentar porque a hora
certa vai chegar, basta saber esperar e não deixar essa hora passar.
Nunca odiei
tanto o sol quanto esse dia! Taylor e eu ficamos abraçados durante um longo
tempo. Eu chorei em seus braços como uma criança que é acalentada pela mãe após
levar um tombo, e era isso que estava acontecendo comigo. Dei um longo passo e
cai...
Taylor não
dizia nada. Alguém bateu na porta. Era o serviço de quarto com o café da manhã.
Taylor o trouxe na cama para mim como fez nas nossas manhas juntos. Ele me
mimou tanto, levava tudo na minha boca... Nosso café foi interrompido pelo seu
celular que tocava. Ele atendeu. Pelo que entendi, ele dispensava sua equipe de
me levar ao LAX. Ele o faria. Isso seria mais doloroso...
- Tudo
bem? – Perguntei.
- Sim!
Eram as minhas agentes. Eu as dispensei.
- Quem
vai me levar ao aeroporto?
- Eu...
- De
taxi?
- Não,
Tarik vem de carro e nos leva.
- Tarik
Kanafani, seu assistente?
- Sim...
O próprio.
- Certo.
Continuamos o
café. Taylor não engolia nada. Ele parecia sofrer mais que eu. Isso era tão
evidente que ele tremia...
- Vou te
ajudar a arrumar suas coisas.
-
Obrigada!
-
Precisa de mais alguma coisa? Autógrafos? Sei lá qualquer coisa.
- Sim...
Gostaria que autografasse esses papéis.
Taylor procurou uma caneta e autografou o
primeiro pedaço de papel como se não acreditasse que era o fim.
- Quais
os nomes para quem devo autografar?
-
Normalmente você só assina. Porque quer saber o nome das minhas amigas?
- Elas
são especiais... Não que as demais também não sejam, mas é que aqui não estou
parado na rua ou em uma Premiere. Posso fazer personalizado. Elas serão
privilegiadas pela situação.
- Que
situação?
- Elas
serão amigas da mulher que eu amo. Disse Taylor fazendo com que suas palavras soassem como crueldade.
Respirei fundo, mas ainda assim respondi chorando:
- Os
nomes delas são: Ana Carolina, Letícia Monteiro, Nubia Lafaeth, Laura Gemea, Dayany
Marques, Jéssica Kéli, Amanda Amaral, Vitória Coelho, Adriana Ribeiro, Raquel
Rosa Ribeiro, Bia Matos, Carla Josiane Freire, Mariana Fernandes, Alessandra
Santana, Keila calixto, Daya, Aléxia Augusto, Eduarda Mautner, Bianca Lopez, Sthefany,
Maria Adriana Paulista, Sabrina Yamassaki, Aline Nascimento, e Let.
Taylor
escreveu todos os nomes e ainda fez umas carinhas em cada folha de papel. Eram
muitos nomes, e eu sabia que não estavam todos, mas elas iriam me perdoar...
Próximo capítulo: A despedida cruel - LEIA AQUI