Capa:
Alexia Augusto
Beta:
Daya Engler
Música
tema: Everything Has Changed - Taylor Swift feat. Ed Sheeran
Texto/Fanfic:
@ValzinhaBarreto
Olá Taylovers? Desculpem a demora em
postar esse capítulo da fic. O que você faria estivesse com sua pessoa favorita no seu lugar favorito no mundo? Comentem! Obrigada queridas leitoras pela paciência. Beijos : ) Val.
Normalmente gastamos nossas energias em
objetivos que desejamos alcançar. Todo mundo têm um sonho que considera
irrealizável, e isso se deve ao fato de sempre colocarmos o que queremos em um
patamar inalcançável. Se elevarmos a felicidade muito acima da nossa
capacidade, somos nós que nos privamos da concretização desses sonhos. Não
seria mais fácil desejar algo ou alguém mais acessível?
Durante muito tempo sonhei em ter uma
chance com meu ídolo, por longos anos vibrei com cada notícia, com cada
conquista, e com todo o meu coração o amei sem esperar nada em troca.
Ao contrário de muita gente eu tive a
chance tão esperada, mas confesso que nunca esperei tê-lo definitivamente para
mim.
Todavia imaginei que Taylor fosse o
homem perfeito, mas senti suas decisões erradas doendo em mim, tive meu coração
destroçado e isso não fazia parte do meu sonho. Ele se tornou meu amor, se
tornou bem mais que meu ator favorito, se tornou o homem que amava, e o mais
importante, ele também me amou.
Taylor não era tão perfeito como meu
coração propunha iludido ao amor de fã que agora não mais existia, mas eu o
amava com todos os seus erros, apenas agora podia perceber o quanto o havia
subestimado. Ele reconhecia seus
erros, pedia perdão e embora eu houvesse desistido de nós dois, ele persistiu
quando chegou a hora.
Tudo isso o tornava único e de certa
forma atingia minhas novas expectativas, pois eu finalmente esperaria dele o
que sabia que podia oferecer. O que acontece quando conseguimos o que sempre
sonhamos? O que fazer ao ter a tão almejada chance?
Quando senti a dor do seu adeus, jurei
nunca mais amar. A minha intenção era me fechar a todas as possibilidades, eu
queria apenas o concreto, mas, quando olhei nos seus olhos fraquejei.
Esgotei todas as minhas forças tentando
esquecê-lo, mas de certa forma era como se todas as minhas tentativas de fuga
apenas nos aproximasse mais. Entreguei-me parcialmente ao seu jeito gentil, a
sua voz doce, ao sabor dos seus beijos, ao calor dos seus abraços, mas não
completamente.
Eu ainda estava esquiva, embora feliz
por vê-lo assumir um compromisso depois de tanto tempo, eu não me sentia
entregue totalmente as novas emoções uma vez que as velhas recordações de dor e
de saudade ainda prevaleciam perfurando a repentina paz do coração hora após
hora.
Mais uma vez ele estava comigo,
contudo, questionava minha capacidade de perdoar, minha capacidade de amar
novamente, de confiar e de me entregar ao que meu coração julgava tão certo,
porque ele já havia se enganado antes, eu cogitava sobre a possibilidade de não
ceder, de não aceitar seu amor agora, porque logo agora? A dúvida percorria meu
cérebro ensurdecendo meu ouvido e apertando meu crânio com desconfianças, mas
não sabia ao certo o que pensar, o que esperar, ou ainda prever o que viria
depois dali.
A sensação de tê-lo era tão boa que meu
coração a saboreava temeroso pensando na dolorida sensação de não tê-lo mais.
Eu viveria temendo o seu abandono a qualquer momento?
Taylor tirou seus lábios tão
tranquilamente que ainda pude sentir o singelo gosto curtindo cada último
segundo a espera de receber bem mais. Ele fazia isso comigo.
Supria por um curto período minha
necessidade de tê-lo fazendo-me desejar sempre mais. Talvez minha satisfação só
se desse após toda uma vida ao seu lado ou eu necessitaria de outras
encarnações para desfrutar o suficiente do seu amor, ou ainda assim nunca teria
o bastante comparado ao amor que eu sentia.
“No que está pensando?” ele perguntou
curioso vendo-me arrebatada em seu abraço agradável.
“Estou pensando em uma vida inteira ao
seu lado” respondi.
“Vou usufruir de todo o tempo que tenho
para me redimir, e talvez ainda não consiga, mas nunca irei desistir” disse
afrouxando o abraço pausadamente.
“Eu prefiro não falar nisso agora”
falei dando-lhe um leve beijo.
“Como você quiser” aceitou retribuindo
o beijo.
“Vai passar essa noite comigo?”
perguntei.
“Sim, mas quero apenas conversar. Quero
saber como vai sua vida. Quero sabe sobre o seu filme e sobre tudo” Taylor
disse deitando na cama.
“Minha vida está uma bagunça se não
notou” comentei.
“Então vamos ver como arrumamos ela”
falou com um sorriso.
“Essa Marie é bonita? A garota sexy de
Tracers?” indaguei.
“Sim, é bonita, mas é comprometida
Okay?”
“Ah é? E se ela não fosse
comprometida?”.
“Não mudaria nada agora estou
comprometido também” justificou cedendo seu braço para que pudesse me
aconchegar nele.
“Se você está dizendo”.
“É sério Sally. Sou seu namorado. Avise isso a Channing”.
“Channing?
Taylor. Você consegue ser tão bobo”.
“Eu gosto de ser bobo. Faz parte de
quem sou. Acostume-se. Não sou o cara sério o tempo todo”.
“Eu percebi quando você comeu a
ervilha-carrapato”.
“Oh, my god. Nícolas inspira meu lado
bobo mais que o habitual”.
“Foi maravilhoso ver seu sorriso e sua
gargalhada. Amo ver você assim Tay, acho que não há nada melhor que ter isso de
você”.
“Eu gostaria de ver mais isso em você
Sally. Gostaria de ver sua alegria”.
“Eu também gostaria, mas esse meu lado
está tão escondido” despontei.
“Vou tentar florescer nos próximos
dias” afirmou ele acariciando meus cabelos.
“Vou esperar, mas me tire uma dúvida
agora. Afinal, o que você fez com meu irmão e minha melhor amiga?” perguntei
sobre a conivência de Alexia e Nícolas em colaborar para seus planos de
reconquista.
“Não fiz nada Sally. Acho que eles
gostam de nós dois juntos”
“E quanto ao cara do ¹Mondrian?
Subornou ele também?”
“Eu
não subornei o cara do Mondrian” explicou gargalhando e retomando completou:
“Eu queria que você tivesse um café da manhã como o que tivemos juntos no
Mondrian quando nos conhecemos”.
“O café da manhã estava ótimo, mas quem
comeu foi o Nícolas” Revelei com um sorriso.
“Eu supus que ele faria isso” admitiu
sorrindo discretamente.
“E então? Onde está Nícolas e Aléxia?”.
“Na festa da ²Coltz Magazine”.
“Aléxia e Nícolas estão nessa festa?”
“Eu acredito que estejam. Aonde mais
iriam?”
“Níck e Alexia não estão muito bem,
isso me preocupou agora”.
“Nick?” perguntou Taylor estranhando o
apelido.
“É o apelido no Nícolas, mas nem em
sonho o chame assim. Ele odeia porque era assim que assim que Clara o chamava”
expliquei.
“Que Clara?”.
“Clara foi o primeiro amor do Nícolas”.
“Nícolas já amou alguém?” brincou com
um sorriso meia boca.
“Amou muito, mas não deu muito certo.
Foi uma barra na época, não só por isso, mas pela crise na nossa família. Foi
horrível”.
“Eu sinto muito Sally. Não sei nada
sobre você. Eu não sei nem seu aniversário. Isso é um absurdo sabia? Não confio
no Wikipédia” ressaltou.
“Sério? Procurou minha data de
nascimento no Google?”
“Sim. Está correta? 10 de novembro?”
perguntou.
“Está sim. Sou de escorpião”.
“Isso explica o gênio” alfinetou em tom
de brincadeira.
“Não acredito que disse isso. Eu não
tenho gênio forte” reclamei em tom de brincadeira.
“Não tem? Você bateu no seu irmão
Sally” Lembrou.
“Hein? O Nícolas tem se mostrado um
grande fofoqueiro pelo visto”.
“Não foi nada de mais. Ele só me disse
que eu também deveria levar uns tapas de você” revelou displicente.
“Às vezes isso tudo parece surreal
sabe? Essa sua amizade com Nícolas” comentei.
“Surreal por quê?” indagou estranhando
o termo.
“Está além do que eu imaginei,
normalmente o odeiam, mesmo odeio o odeio”.
“Nícolas é uma pessoa alegre e
divertida. Estar perto dele é uma aventura e uma terapia para minha monotonia”
Taylor disse em meio tom.
“Ele não está assim. Não está mais tão
alegre. Quando gravamos a Oprah, ele saiu a pé feito um louco, depois chegou
bêbado e se trancou no quarto. Estou apavorada com essa atitude dele”
desabafei.
“Eu não sabia disso, mas vou tentar
diagnosticar as causas Okay?”
“Eu agradeço Tay, porque conosco ele
não se abre. Talvez consiga arrancar algo que o atormenta”.
“Farei o que puder para ajudar. Saiba
que somos parceiros em tudo Sally, não só no sexo, mas no apoio também. Não
quero que hesite em me procurar. Eu quero conhecer mais você e sua família”
disse ele seriamente.
“Eu agradeço Tay, mas minha família
esteve descentrada por muito tempo. Um dos meus maiores temores é que tudo
venha a público. Acho que não conseguiria suportar a vida dos meus pais exposta
porque sou famosa”.
“A exposição das pessoas que amamos é
sempre um risco nesse ramo” disse ele olhando-me solidário.
“Existem muitas coisas das quais não
nos orgulhamos” admiti.
“Vamos falar sobre isso Sally?”
perguntou prestativo.
“Eu prefiro deixar como está por
enquanto. Vamos falar de outras coisas?” pedi desconfortável com as lembranças
do passado.
“Como quiser” concordou sentando-se na
cama e me abraçando.
Mais uma vez seu abraço me confortava. Rememorar
todas as desavenças da minha família me incomodava, mas não soube naquele
momento que ele havia percebido o desconforto que o assunto me causava.
Taylor se desfez dos meus braços
deitando-se na cama novamente.
“O que foi?” perguntei.
“Ouvi um barulho” falou.
“Deve ser o Nícolas e Aléxia”.
Taylor e eu nos levantamos da cama e
nos dirigimos até a sala de estar. Nícolas estava de volta e trazia a bolsa de
Aléxia em mãos.
“Boa noite cunhado. Ainda tá aí?” o
loiro falou entrando com o bafo do álcool invadindo a sala antes dos seu corpo.
“Boa noite cara. Parece que você se
divertiu” Taylor disse em resposta.
“Um pouco. Passei a noite inteira de
olho nessa morena senão os caras a devoravam somente com os olhos” Nícolas
falou apontando para Aléxia que apenas riu sem graça.
“Nem foi nada disso Nícolas. Você
aumenta demais” Aléxia combateu.
“Foi sim. E você está com essa cara
porque os olhos azuis não estava lá” Nícolas fez referência a Bradley Cooper.
“Vai começar esse papo chato de novo?”
Aléxia perguntou entrando para se trocar.
“Você não acha que estou certo Taylor?
O que você faria se tivesse um monte urubus em cima da Sally? Você os
espantaria, não é? Foi o que fiz” admitiu Nícolas embriagado.
“Não sei cara. O ruim de namorar
mulheres lindas é o assédio” afirmou Taylor o deixando constrangido.
“Eu não namoro Aléxia. Eu não disse
isso. Eu só fiquei com raiva porque ela era minha companhia sacou?”.
“Ah, saquei sim” Taylor disse em tom de
ironia.
“Eu saquei seu tom boy. Não me venha
com aquele papo de ciúmes ou eu agendo uma nova data para quebrar sua cara.
Essa é a segunda vez que sinto vontade de te socar” Nícolas disse se jogando no
sofá.
“Pode tentar a sorte” Taylor provocou,
mas Nícolas o encarou com um sorriso malicioso prestes a jogar uma das dele.
“O que aconteceu lá fora? Para que eram
aquelas velas na piscina?” perguntou querendo constranger Taylor e desviar o
foco dele.
“Faltou energia cara” desculpou-se com
um sorriso.
“Eu sei o que faltou” gargalhou
levantando-se e indo para o corredor de quartos. Taylor e eu observávamos
Nícolas curioso em seu trajeto ao quarto de Aléxia ao errar o caminho. Seria
proposital?
“Eu não vi nada” Nícolas disse ao ser
expulso do quarto de Aléxia.
Taylor e eu sorrimos da situação e
voltamos ao quarto para tentar retomar nossa conversa.
Ele se deitou na cama convidando-me a
me aconchegar em seus braços novamente. Não havia nada melhor que estar envolvida
em seus braços.
“Aqui fica sem clima né?” comentei
vendo-o longe.
“Um pouco. É estranho saber que tem
mais pessoas na casa” admitiu.
“Queria ficar sozinha com você, mas
hotéis são muito arriscados”.
“Eu preciso curtir você, sabia?” falou
Taylor, um pouco tímido.
“Eu também quero curtir você Taylor,
mas temos que ser cuidadosos”.
“E seremos” prometeu com um sorriso
medial.
“Vamos ao quarto azul?” convidei
esperando sua reação.
“Não. Quero um azul mais natural” falou
misterioso.
“Mais natural? E o que seria?”
“Há pouco menos de 15 dias Robert e
Kristen nos convidaram para uma casa na praia da Austrália, mas faz alguns dias
como eu disse. Não sei se a casa ainda está livre”.
“Convidaram-nos? Robert Pattinson e
Kristen Stewart sabe sobre nós?” indaguei surpreendida.
“São grandes amigos. Claro que sabem.
Eu contei há um tempo” disse Taylor surpreendendo-me novamente.
“Interessante. Uma casa de praia na
Austrália seriam as férias que eu pedi a Deus” revelei tentando esconder minha
empolgação.
“Você vai sair de férias?” ele
perguntou muito entusiasmado.
“Tenho apenas mais dois dias para
resolver tudo sobre a viagem a Nova York e terei alguns dias de férias” falei
sobre meus compromissos com Kevin.
“Eu tenho algum tempo antes de ir à
Nova York Sally. Pela manhã irei confirmar com Rob sobre a casa. Quero você
comigo” disse enlevado.
“Eu mal posso esperar” admiti meio
dispensa.
“Eu também não Sally” disse me beijando
carinhosamente.
Entretanto, Taylor não me provocava com
carícias mais intensas, apenas dava carinho e atenção desfrutando somente minha
companhia.
“Dorme comigo?” pedi beijando-o.
“Eu dormiria, mas pela manhã é meio
complicado para eu ir embora, pretendo ir assim que você adormecer”.
“Você está certo, sair pela manhã será
meio complicado” admiti.
“Eu ligarei assim que obtiver respostas
sobre a Austrália” prometeu.
“Não queria que você fosse, mas que não tem
outro jeito” concordei.
“Irei fazer carinho em você até que
adormeça. Volto em dois dias, mas ligo para confirmar, combinado?” perguntou
Taylor carinhosamente.
“Então está combinado”.
“Sim, antes preciso fretar uma aeronave
ou seremos pegos e não quero ir sozinho. Quero viajar
com você” revelou tão docemente que chegou a me doer.
“Tudo bem Tay, mas não vejo
necessidade, podemos ir em voos comerciais e separados. Custa um absurdo esses
fretes”.
“Não se preocupe com isso eu tenho um
amigo do meu pai que é piloto, sairá em conta. É só monomotor”.
“Se é assim, tudo bem” falei abraçando-o
na cama.
“Tente dormir. Fico com você até que
consiga”.
Sua
voz se calou e apenas desfrutei de suas carícias em meus cabelos e costas
levando-me a me entregar ao sono, embora quisesse me manter um pouco mais em
sua presença.
***
Quando
acordei pela manhã, senti aquele perfume no quarto e passei as mãos na minha
cama encontrando seu lado vazio. Temi que fosse apenas mais um dos meios
devaneios, se não fosse o torpedo que chegara ao meu celular no mesmo instante
em que questionava se era ou não apenas um sonho.
Taylor me saudava, para o novo dia que se
iniciava, com a notícia que iriamos juntos à Austrália. Sua voz causou uma
batida forte do meu coração. Logo estaríamos juntos, não era um sonho.
Levantei
da cama disposta a cumprir meus compromissos para ficar a disposição da viagem
o quanto antes. Um frio na barriga se firmou por um breve segundo enquanto a
ansiedade consumia meu corpo fazendo-o mole. Sairíamos de férias juntos? Meu
coração se recusava a acreditar deixando-me com um sorriso bobo ao sair de casa
até minha agencia em Beverly Hills.
Ao
final do dia não havia nada que me impedisse de ir com ele naquela viagem.
Taylor por sua vez, precisou de mais um dia para me encontrar.
Jeff
o levou até o avião e eu discretamente cheguei antes para esperar por ele.
Avistei Taylor se aproximando com seus lábios abrindo um sorriso assim que
notou minha presença. Pude desfrutar bem pouco da visão de sua chegada devido
ao capuz e óculos escuros que usava para manter sua discrição.
A
sua figura subindo as escadas do avião eram perturbadores para meu íntimo.
Nunca o havia visto tão lindo, ou de fato em todas as vezes que o vi fossem
superadas a cada novo encontro.
Eu
sempre sentia que havia algo novo nele, algo que o deixava mais lindo, quer
fosse apenas uma expressão do seu rosto ou um simples gesticular de mãos. Tudo
o tornava único e mais meu.
O
piloto amigo do seu pai fingia não me notar ali e Jeff foi ainda mais discreto
sequer olhando-me face a face e dirigindo-se até as primeiras poltronas do
avião ficando atrás do piloto e comandante que permaneceram na cabine do avião.
Com
um forte abraço, ele se desfez do capuz e óculos que usava mostrando seu velho
eu, a jaqueta preta, blusa gola V, seu jeans e o coturno desgastado, sua marca
registrada.
“Está
pronta para ir comigo ao céu?” perguntou dando-me um abraço apertado enquanto
me deliciei do seu perfume que me fazia falta apesar de poucos dias sem tê-lo.
“Sente-se
aqui comigo e aprecie a paisagem” convidou-me a sentar em seu colo.
Suas
mãos me envolveram de uma forma tão protetora que não senti medo pelo nosso voo
aparentemente clandestino. Saímos em 10 minutos deixando-me mais tranquila ao
ver seu contentamento em viajar comigo.
Taylor agora sentado em seu lado da
poltrona levantou-se em direção a uma pequena mesa e voltando com chapéu de
comandante e uma garrafa de champanhe. A festa pelo visto seria nos ares e
muito antes da Austrália.
Ele
me dava olhares intensos como se me elogiasse apenas com os olhos, era possível
sentir sua admiração pela forma concentrada em que os mantinha em mim como se
as palavras não fossem necessárias, e de fato não eram, eu apenas precisava
vê-lo tão empolgado para me sentir a mulher mais amada de todo o universo.
“Você
está cada dia mais linda, sabia?” elogiou envolvendo seu braço atrás do meu
pescoço.
“Você
tem ideia do quanto fica mais lindo a cada dia Tay?” perguntei.
“Não.
Sinceramente, não” admitiu sem graça.
“Ainda
bem que estou aqui então”.
“Sim,
se você não estivesse aqui para me lembrar nunca saberia”.
“Você
é bobo mesmo” falei cutucando-o.
“Sou
bobo, mas sei como te prender”.
“Sério?
Você está tão confiante”.
“Eu
estava até você dizer que minha performance foi uma merda” comentou fazendo
biquinho.
“Eu
falei por falar, mas foi razoável”.
“Razoável?
Jeff peça que o piloto pare o avião para que essa moça desça” disse brincando.
Ouvi
Jeff se aproximar.
“Pois
não Senhor?” falou entrando na brincadeira.
“Jeff,
essa moça vai descer aqui. Providencie o paraquedas” falou rindo.
“Providencie
dois Jeff, porque ele vai pular comigo”.
“Okay!
Três paraquedas então, eu devo ir junto” brincou saindo.
Jeff
não era tão sério quanto supunha, ele era divertido e sorridente, isso
evidenciava que sua postura era apenas profissional, o que justificava o fato
de estar a cinco anos ao lado do Taylor fazendo sua segurança mundo a fora.
“Estamos
no céu e temos horas de voo pela frente. O que faremos?” Taylor perguntou se
espreguiçando na cadeira.
“Vamos
apreciar a paisagem?”.
“Você
quer dizer as nuvens, não é?”.
“Sim.
Nuvens são legais. Quando era criança imaginava que eram gigantes pedaços de algodão doce” revelei.
“Você
também deveria ser linda quando criança”.
“Eu
não sei, pergunte ao Nícolas ou aos meus pais” instrui.
“Irei
perguntar sim, pode deixar”. Falou beijando-me tranquilamente.
“Eu
amo ouvir isso Taylor. Amo saber que se interessa por essa parte da minha vida.
Muitas coisas me incomodam, é como se o fantasma dos nossos problemas nos
rondassem” falei.
“Todo
mundo tem problema Sally, mas pode contar comigo para esclarecer qualquer
coisa. Você precisa saber que eu quero te conhecer”
“Eu
também quero te conhecer Taylor” admiti.
“Então
me pergunte o que quiser”.
“Não
quero saber muito agora. Que tal me beijar?”.
“Posso
te beijar, mas sei que está fugindo de mim por que não quer falar sobre sua
família. Tudo bem Sally, não vou te forçar a falar”.
“Eu
só não quero estragar nossos dias juntos aqui”.
“Nada
vai estragar nosso tempo juntos Sally, só um Tsunami” brincou.
Taylor
e eu ficamos aconchegados na poltrona do avião apenas visualizando nossos
rostos e beijando-nos o tempo todo. A falta que tínhamos um do outro era tanta,
que parecia um desperdício conversar.
Eu
visualizava sua face tranquila como se nada o preocupasse. Seu sorriso bobo
minuto a minuto tomava-me de uma forma tão agradável que era como se aquilo
fosse apenas um vislumbre, mas era real, Taylor estava comigo, depois de tudo
que nos havia acontecido, acho que poderíamos dar uma chance a nós dois,
cogitei essa decisão no instante em que o vi entrar no avião, porque de alguma
forma eu vi sinceridade nas suas palavras, nos seus sentimentos, na sua dor,
Taylor e eu merecíamos uma chance?
Acompanhei
seus cílios se fechando em seu último olhar, ele havia feito uma corrida
desenfreada para que tudo estivesse perfeito, o avião, a casa e isso haviam
consumido muito de sua energia, cansado o vi adormecer na poltrona tentando com
todas as forças permanecer concentrado em mim.
Ali,
sentada diante dele, imaginei como seriam as horas que passaríamos juntos, era
incrível a capacidade que ele tinha de me desconectar com o mundo, somente com
seu jeito sereno eu sentia que cada segundo ao seu lado seria especial.
Lembro-me
apenas de refletir um pouco mais sobre ele, sobre nós, sobre superar as mágoas
que eu havia sofrido, apenas com esses pensamentos vagando pela minha mente,
lembro que adormeci.
Com
uma voz atenuada, ouvi um sussurro “Chegamos meu amor” senti um beijo deleitoso
em meus lábios, trazendo-me de volta a consciência.
“Já?”
perguntei quase sem voz.
“Já
vamos aterrissar” respondeu apertando minha mão.
“Que bom” encerrei com um frio no estômago.
Taylor
e eu descemos do avião e fomos de carro até a casa na praia que nos esperava
preparada, eu sabia que alguém já havia deixado tudo conforme o pedido dele,
mas não sabia de certa forma, o que me esperava.
Ao
entrar visualizei a sala da casa, revestida apenas por vidro, o mar estava a
nossa frente, senti um nervosismo, Taylor e eu estávamos no paraíso.
Observei sua face tranquila, seu rosto olhando
para o mar, o brilho dos seus olhos refletidos pelo azul da água, era
surpreendente ver toda aquela beleza através dos seus olhos.
Taylor
se afastou passando pela parede que separava a sala para uma parte separada onde
havia um bar sofisticado e por um momento vi a forma de um objeto escuro e seu
rosto virou focando o objeto em um canto da sala que parecia fasciná-lo ao
ponto te permanecer em pé diante dele.
Aproximei-me
trás dele e envolvi meus braços em sua cintura visualizando junto a ele o que
tanto o fascinava, era um imenso piano negro que provavelmente Robert usava
para tocar.
“Ele
é lindo”.
“De
fato” Taylor disse passando os dedos.
“É
tudo tão perfeito nessa casa”.
“Sente-se
aqui” pediu oferecendo o colo ao sentar na poltrona próxima ao piano.
Deitei
em seu colo e senti seus pés balançando sem parar.
“Eu
me sinto protegida desse jeito” admiti.
“E
você está segura comigo” assegurou Taylor carinhosamente.
“Estou
com medo Tay” falei com o coração apertado.
“Eu
não vou mais te abandonar meu amor, eu prometo” disse ele.
“Tem
tanta coisa sobre mim que você não sabe” falei acariciando seus cabelos.
“Então
me conta?”.
“É
difícil. O que realmente quer saber sobre mim?”
“Quero
saber quem você é. Quero saber como você era, me fala Sally?”
“Eu
não sou nada especial, na verdade sou um pouco entediante” disse vendo-o
concentrado.
“Eu
sou monótono, então vamos ser felizes juntos” disse com um sorriso.
“Seremos
sim” concordei.
“Percebi
sua rejeição para falar sobre seus problemas familiares e isso me preocupa um
pouco” Revelou Taylor com um olhar singelo.
“É
difícil ainda mais na sua situação” falei fitando-o.
“Minha
situação? Como assim Sally?” indagou preocupado.
“Sua
família Tay, falo sobre sua famosa centrada família diante da turbulência que é
a minha” entristeci.
“Minha
família não é perfeita Sally, mas é a minha família. Não podemos escolher, mas
podemos pelo menos tentar conviver” ressaltou.
“Tenho dificuldade para expressar meus
sentimentos em palavras”.
“Quer
escrever? Temos papel e caneta aqui Okay?” ofereceu sorridente.
“Existe
outra forma de você saber mais sobre mim”.
“Então
o que está esperando?” perguntou levantando-se da cadeira.
“Eu
me refiro a cantar”.
“Por
favor, cante”.
“Há
algo em especial que queira ouvir?”.
“Cante
Little house, eu vou ver se Robert deixou o violão”.
“Não
preciso do violão, eu vou tocar nesse piano” falei vendo sua surpresa.
“Jura
Sally?” perguntou impressionado.
“Sim,
eu juro. Você quer saber quem eu sou, como eu era, vou lhe mostrar como eu me
vejo tocando essa canção” falei sentando-me na cadeira do piano e encarando as
teclas nervosamente.
“Que
música vai cantar?”.
“Thank
you for the music” respondi passando os dedos sobre o teclado.
“Não
importa, toque qualquer coisa que seja de sua autoria”.
“Essa
música é minha, é assim que eu me vejo, lembro-me de quando muitas lembranças
me vieram à mente ao escrevê-la” expliquei-lhe.
“Que
tipo de lembranças?” perguntou interessado.
“Uma
coisa que minha mãe me dizia sobre quando era bebê, outras sobre como eu me
vejo. Essa musica tem muito de mim Tay, espero que goste”.
“Toque
e cante para mim?” pediu docemente.
“Então
ouça”.
Iniciei
tocando o piano já seguindo a música enquanto visualizava seu olhar maravilhado
ao ouvir finalmente minha voz pessoalmente, era perfeita a harmonia que havia
em seu olhar, na forma carinhosa com que observava meus dedos tocando o piano
como se quisesse fazer parte dos toques que eu produzia.
Aperte o play e ouça Sally cantar e tocar:
Quando
Taylor me olhou daquela forma, pude sentir unido ao envolvimento da musica todo
o carinho que ele sentia, lucrei de sua admiração enquanto o som da minha voz
saia, senti seu amor, a forma como ele me fazia mais interessante, mais
inspirada, eu provavelmente nunca havia desfrutado de tal sensação até aquele
final de tarde.
Olhei
em seus olhos brilhantes e em seguida os poucos raios de sol que refletiam no
mar despedindo-se como se almejasse dar lugar a noite que nos esperava.
Seus
joelhos não balançavam mais, era perceptível sua tranquilidade, sua ansiedade
havia deixado seu corpo livre de toda tensão que podia sentir, ele esboçou em
sua face o contentamento de estar comigo, como se minha presença fosse a maior
dádiva, que ele havia ganhado.
Tal
qual um presente de Deus, vi Taylor se emocionar quando cantei um trecho da
musica em que minha mãe dizia que eu era dançarina muito antes de andar, notei
seus cílios molhados e meu coração apertou pesaroso por causar-lhe aquela
emoção sem qualquer intenção de que fosse tão marcante.
Quando
meus dedos aceleravam as notas nas teclas do piano, meu coração acelerava ao
ver seu envolvimento cada vez maior deixando-me encantada com a expressão de
seu rosto sendo envolvida pelos últimos raios de saio e parte do rosto sendo
envolvidos pela sombra do anoitecer.
Como
um anjo em minha vida, Taylor se levantou quanto ouviu a música chegar ao fim
temendo desabar diante da sua aproximação, do seu afago gostoso em meus
cabelos, e pelo seu toque singelo em meu rosto.
Beijando-me
tão calorosamente, apenas retirei meus dedos do piano e me levantei abraçando
tão apertado como se pudesse devolver a ele todo o amor que tinha para lhe
oferecer.
Taylor
tocou seus lábios tão calmamente que era possível ouvir os baixos estalos que
evadiam do beijo em meio ao silencio que havia na casa, somente o barulho do
vai e vem das ondas ecoavam pelos meus ouvidos até ouvir sua voz baixa
sussurrar:
“Você
será minha eterna dançarina e nunca se esqueça disso”.
Desejei
agradecer por lembrar o trecho em que minha mãe falava sobre como eu era muito
antes de andar, havia muito sentido naquela lembrança, na sua voz, na maneira
como penteava meus cabelos, na forma como ela era dedicada e compartilhar
aquilo com o Taylor, ainda que somente por meio da canção deu-me um alívio
instantâneo a saudade que eu sentia do carinho de mãe que eu precisava tanto
desfrutar.
Tomada
ainda pela emoção e envolvimento cedi espaço para as palavras saírem finalmente
da minha boca cortando novamente o silencio que planava no ambiente.
Meu
coração batia duvidoso, descompassado e curioso por obter mais das lembranças e
sensações guardadas tão profundamente que havia voltado à superfície pelo
simples incentivo do Taylor.
Ele
tinha o dom de me fazer refletir, de me fazer lembrar, era como se sua presença
instigasse as recordações boas que eu havia tido por toda a vida.
Desfrutar dessa nostalgia ao seu lado, não
merecia ser trocado por coisa alguma, nem pelo desejo imenso de cobri-lo de
beijos como se nunca mais fossemos ter mais de toda aquela brasa que nos consumia.
Maravilhada,
me perguntava como Taylor poderia ser tão carinhoso. Como um homem poderia ser
tão sensível? Ele sensibilizou-me ao ponto de explicitar sentimentos tão
antigos como se abrisse um velho baú de lembranças que seriam indispensáveis
para seguir em frente.
Eu podia sentir meu coração cheio de gratidão
por amá-lo tão intensamente, e de certa forma orgulhosa de mim e certa que de
fato eu estava pronta para dar outra chance a ele.
Seus
lábios moveram-se prontos para falar:
“Você
tem a magia de Lang Lang quando toca sabia?” elogiou sério.
“Não
me compare a um fenômeno da musica clássica, quem sou eu? Ninguém, meu Deus
Lang Lang?”
“Você
poderia superá-lo caso continuasse a praticar Sally”.
“Eu
nunca poderia tocar como ele. Está brincando? Ele é o melhor pianista do mundo”.
“Poderia
sim se praticasse mais, eu acredito na sua capacidade”.
“Claro
que não Tay. O cara começou a tocar com apenas dois anos” abonei beijando-o.
“Pouco
me importa eu prefiro você ao chinês de olhos puxados Okay? Você é a melhor
para mim? É a melhor do meu mundo” falou me puxando de perto do piano.
“Agradeço
pelo titulo Tay”. Saímos pela sala de mãos dadas.
“Eu
te amo sabia?” delineou um sorriso, mas antes que pudesse tentar retribuir a
declaração, ouvimos uma batida na porta.
“Só
um momento” pediu enquanto se dirigia até a porta da casa.
“Boa
noite Senhor?” ouvi saudar uma voz jovem do lado de fora da porta.
“Boa
noite” respondeu Taylor apertando sua mão.
“Vim
avisar que tudo está preparado e não farei outra interrupção. A fogueira está
acessa Senhor e tudo o que foi encomendado foi colocado na cozinha antes do Senhor
chegar” disse o rapaz.
“Eu
sou grato por tudo. Muito obrigado” Taylor agradeceu.
“Não
há de que senhor. Com licença” ouvi a voz do rapaz dizer enquanto se afastava
da casa.
“Que
fogueira?” perguntei surpreendendo-o assim que fechou a porta.
“Marshmallows,
fogueira, champanhe, morangos e seus beijos, acho que minha lista para a
felicidade está completa, vamos à praia querida?” convidou dirigindo-se até a
cozinha.
Taylor
se apropriou de uma pequena cesta abastecendo-a com algumas garrafas de
champanhe, morangos, Marshmallows e tudo que precisaria. Íamos para um
piquenique a beira mar durante a noite? Esse era apenas o nível um da diversão
que seu sorriso malicioso fez transluzir.
“Amor,
você pode pegar duas toalhas lá em cima?” pediu carinhoso.
“Claro.
Já volto” falei me afastando.
Ao
subir as escadas senti seu olhar seguindo o caminhar dos meus pés subindo as
escadas. Era aquele seu olhar especulativo, mal intencionado, quente e vaidoso
que fazia transparecer suas intenções pouco fiéis aos princípios para o
decorrer da noite.
Desci
as escadas em passo acelerado.
“Aqui
estão as toalhas” falei entregando-as a ele.
“Então
não falta mais nada” ele disse segurando em minha mão.
Taylor
abriu a porta de vidro que dava acesso ao exterior da casa e contemplamos a
suntuosa visão do mar, as ondas e a escuridão que já cobria a água quase
completamente, se não fosse a lua assombreando as águas com brilho ilustrando
nossa noite de amor com o cenário que sequer imaginamos ver um dia.
Colocando
a cesta no chão caminhamos com nossas mãos entrelaçadas tocando a ponta dos pés
na água, Taylor brincalhão empurrou-me dentro da água e saiu correndo, eu o
segui buscando devolver o empurrão tal como fez comigo, mas não havia como
alcançá-lo, entre a corrida veloz e os saltos mortais, desisti no primeiro
minuto da minha perseguição sentando na areia sem fôlego, o vi se aproximar com
um sorriso tímido.
“Hey
Sally, já amor?” provocou sobre meu cansaço.
“Sim,
encerro minha perseguição por aqui, não consigo lhe alcançar” admiti ganhando
um beijo de compensação.
“Onde
deixei a cesta?” perguntou sorrindo.
“Ficou
a uns 100 metros, vamos voltar para pegá-la” convidei.
“Vamos”.
“Onde
está a fogueira?” perguntei não vendo nada próximo.
“Está
vendo aquela fumaça?” perguntou apontando para um lugar um pouco distante entre
enormes rochas escuras.
“Vamos
até lá?” inqueri surpresa.
“Sim,
vamos porque lá é o melhor lugar para ficarmos a sós”.
Taylor
se apossou da cesta e seguimos até as rochas escuras apenas sob a luz do luar,
e lá estava nossa fogueira. O vi colocar mais lenha para aumentar as chamas e
cavar um buraco enterrando o champanhe na margem do mar ficando quase todo
submerso e frio pela água que o rodeava.
“Pegue
os gravetos na cesta, vamos aquecer os Marshmallows”.
Taylor
me olhava passivamente e assim como eu parecia curtir aquele momento, era
magnifica a paisagem do seu rosto refletido pelas chamas da fogueira que se
consumia soltando faíscas que seguiam seu trajeto até determinada altura
desaparecendo na escuridão.
“Vamos
entrar na água?” convidou tirando a camisa.
“Está
falando sério?” perguntei.
“Eu
não brinco com coisa séria” disse acolhedor.
Taylor
retirou toda a roupa e entrou nu no mar deixando-me impactada pela visão de
corpo sendo submergido pela água, eu a invejava por cobri-lo tão completamente
como eu nunca poderia fazer.
“Você
não vem?” perguntou com um sorriso.
“Sim,
estou indo” falei retirando igualmente toda minha roupa e entrando na água
seguindo até onde ele estava.
“Hoje
serei todo seu” prometeu beijando-me tão intensamente que senti meu corpo
tremer pela sensação de tê-lo colado ao meu corpo.
Embora
entorpecida pela luz do luar, visualizei seu rosto e seus cabelos em tom
azulado e toquei em seu peitoral firme e quente, abusadamente todo o conjunto
me pareceu ainda mais atrativo e surpreendentemente irresistível.
Vendo-o
enfrentar as ondas, percebi que valeria a pena lutar contra o passado, contra a
dor que ainda vivia em meu coração e contra o pior inimigo que me assolava: o
medo, a covardia, e se por ventura viesse a desistir, seria tão ou mais medrosa
do ele.
Talvez
a felicidade não fosse como as estrelas, brilhantes e inalcançáveis, talvez a
felicidade estivesse naqueles momentos felizes que não valorizamos no exato
momento em que vivemos, talvez seus sonhos não sejam tão impossíveis e sim a
sua capacidade de realizá-los seja pequena mostrando que não são os sonhos que
são grandes, mas a força que temos para fazer dele a realidade que sempre
imaginamos.
Taylor
estava bem na minha frente...