Fanfiction: Uma chance com Taylor Lautner – Cap 23: Um poderoso aliado?

Design e ilustrações: Jéssica Keli

“Comparações são facilmente feitas, uma vez que você tinha a prova da perfeição. Como uma maçã pendurada em uma árvore. Eu peguei a mais madura, e ainda tenho a semente. Você disse 'siga em frente' Para onde vou? Eu acho que o segundo melhor é só o que eu vou conhecer porque quando eu estou com ele, eu estou pensando em você. O que você faria se você fosse o tal que estava passando a noite? Ah, eu queria que eu estivesse olhando nos seus olhos. Você é como um verão indiano no meio do inverno. Como um doce com uma surpresa no final. Como eu fico melhor depois que provei do melhor? Você disse que há. Toneladas de peixes na água. Então eu vou provar das águas. Ele beijou meus lábios. Eu provei da sua boca. Ele me colocou para dentro. Fiquei com nojo de mim mesma. Porque quando eu estou com ele. Eu estou pensando em você. Você é o melhor. e sim eu realmente me arrependo como eu pude me deixar você ir. Agora a lição está aprendida. Eu toquei e me queimei. Ah eu achava que você devia saber... Ah você não vai andar? E arrombar a porta e me levar embora? Ah, chega de erros.Porque nos seus olhos eu gostaria de ficar...”.

( Tradução - Thinking of You - Katy Perry).

Ao ver Ashton no Restaurante Viena acenei e ele correspondeu. Ele estava com sua equipe sentada em outra mesa onde estavam dois assessores, um agente e um guarda-costas. Ele estava sozinho tentando ter uma conversa privada e obviamente eu a interrompi, mas ele não pareceu se importar ao esboçar um sorriso bobo.

- Olá? – Disse Ashton.

- Desculpa interromper seu jantar.

- Ainda nem pedi o menu, junte-se a mim, está com fome?

- Na verdade sim. Estou faminta. Isso é coca-cola? – Perguntei.

- Sim... É coca-cola. Vou pedir uma bebida percebi sua sede. –Disse Ashton acenando para o Garçom vir à mesa.

- Tem suco de maracujá? Traga o cardápio, por favor. – Pediu com sorriso debochando.

- O que você acha que eu poderia fazer para vencer a distância?

Ashton não respondeu, pois fui interrompida pelo garçom que trazia consigo o cardápio. Nós jantamos, enquanto seus assistentes o aguardavam. Ele seguiria para o Hotel Fasano e eu iria para a casa dos meus pais e consecutivamente para a casa da Aléxia.

Já que ele havia ignorado minha pergunta decidi ser má, e como timidez não é uma das minhas peculiaridades, fui direto ao ponto:

- Eu vi uma matéria que você tinha tranzado com uma garçonete no banheiro de uma lanchonete.

- Esse foi apenas um dos ataques dos tabloides  Houve vários. Alguns de traição, de supostos ciúmes das atrizes com quem trabalhei e sempre houve um pesar sobre minha relação com as filhas dela... Da Demi e por último o boato da traição.

- Então sua relação acabou por causa dos rumores?

- Não necessariamente, mas tudo cansa e com o tempo ela mesma começou a desejar que eu esclarecesse as coisas que eram ditas, ela dizia que eu dava motivo, mas detesto ser acusado por algo que eu não fiz e ainda ter que repetir sempre a mesma fala. O fato de ela ser 15 anos mais madura a fazia sentir-se muita insegurança. Eu fiz sucesso como ator e passei a ser muito assediado, não só por fãs, mas por atrizes companheiras de elenco e isso foi maçante.

- Vocês formavam um casal bonito.

- Obrigada. Você e o garoto lobo também formam. Eu estarei sendo louco em dizer a você para não desistir, mas estarei sendo mais louco ainda se te disser que não vale a pena:

- A distancia entre eu e ele me impede de lutar Ashton. Você acha que eu poderia vencer a distância? Pode me dizer como?

- Um pássaro pode amar um peixe?

- Sim... – Respondi.

- Onde eles viveriam? – Perguntou Ashton.

- Não há como viverem juntos, um precisa do oxigênio e não pode viver na água e o outro não suporta o oxigênio pois vive dentro da água.

- Quem é o peixe e quem é o pássaro na sua relação?

- Eu estou presa, sou o peixe, ele está livre e voa, Taylor é o pássaro...

- Então você deve criar asas...

- Mesmo criando asas ainda não poderei viver no ar...

- Você acaba de responder Sally! Você deve ser um pássaro assim como ele.

- Já pensei em entrar ilegal no país e tentar encontrá-lo, já pensei em tudo, mas não pensei em ser um pássaro.

- Não... Assim você vai bancar a louca! Não falo em um pássaro, faço uma analogia. Umas das coisas que fez Demi se apaixonar por mim, foram a admiração que eu cativei nela. Eu trabalhei duro, me esforcei e tive meu trabalho como ator e produtor reconhecido. Isso faz diferença Sally. Como Taylor iria te apresentar aos amigos? O que ele diria? “Oi essa é minha namorada, ela é uma fã que eu encontrei...”. Você não passaria de uma sombra atrás dele. Mesmo que você se esforce e consiga algo, sempre vão dizer que você só conseguiu porque namora ele.

- Você tem razão. Preciso me destacar por entre a multidão. Mas eu não sou boa em nada.

- Isso não é verdade, todo mundo é bom em algo. Você é linda pode seguir a carreira de modelagem, eu já segui, mas prefiro a de ator.

- Eu sonhei com a carreira de modelo muitas vezes. Desde criança as pessoas sempre ficavam maravilhadas comigo, mas tive que ajudar meus pais e agora já estou com 18 anos e nesse ramo a faixa etária máxima para iniciar é aos 11 anos.

- Se você tiver auxílio e uma indicação, pode acontecer...

- Faria isso por mim?

- Se você me der algo em troca...

- É o que estou pensando? – Perguntei constrangida.

- Não sei, talvez... Você está pensando que em troca de eu dar um telefonema e te indicar a uma agência de modelos quero que seja minha guia na cidade do Rio Janeiro?

- Ah, sim era exatamente nisso que eu estava pensando – Exclamei desconcertada.

- Não me leve a mal, mas a última coisa que eu quero no momento é um envolvimento amoroso... Minha intenção nunca foi te seduzir. Eu nem tenho cabeça para isso agora.

- O que está esperando?

- Não quero assumir um romance publicamente sem antes estar separado legalmente.

- Posso ser indiscreta?

- Nem precisa, já sei o que vai perguntar. Você quer saber se eu trai Demi com a loira do carro. Bom, sem problemas, eu falo. Eu não trai Demi, mas tranzei com a garota.

- Entendi... Vocês já estavam separados quando você teve essa aventura, mas como a mídia não sabia, transformou tudo em um grande escândalo de traição.

- Isso mesmo. Um prato cheio! É disso que eles gostam: polêmicas, rumores, escândalos, affaires, ibope...

- Eu não queria uma profissão dessas. Viver da desgraça dos outros não mesmo.

- Não sei se alguém pode escolher algo assim... Mas é uma corrida, e cada um está correndo atrás dos próprios interesses. Somos capitalistas e individualistas.

- Você acha que eu consigo posar para fotos? Acha que posso ser modelo?

- Você pode ser o que você quiser desde que estude, se prepare, não desista e não se deixe abater pelas críticas.

 - Meus pais parecem me odiar, acho que eu lido bem com as críticas.

- Você parece odiar sua vida.

- Não parece não. Eu odeio mesmo...

- Eu não preciso que você me guie no Brasil. Eu tenho uma série de entrevista, vou posar com a modelo Alessandra Ambrósio em um iate em Angra dos Reis. Quero apenas que me acompanhe até a praia de Ipanema.

- Está combinado. Eu chego no Rio amanhã mesmo. Estou cansada para seguir e preciso ver como meus pais estão...

- Sem problema, me passe seu número de telefone que eu te ligarei para confirmar a hora do nosso passeio no calçadão.

Ao pedir meu telefone recordei de algo incrível e que eu não havia focado devido ao choque, e depois a distração de Ashton. Aléxia tinha o número do telefone do Taylor... Despedi-me de Ashton e peguei um taxi de volta para casa e toda a cidade de São Paulo não passava de lixo na minha visão, eu queria estar em Los Angeles e no mínimo respirar o mesmo ar que Taylor...

Eu confesso que fiz milhares de planos na minha cabeça com a esperança de conseguir me destacar como modelo e me mudar para Los Angeles...

Meus pais estavam bem. Na medida do possível, mas não havia nada que eu pudesse fazer, eles eram felizes sendo quem eram e com a vida que levavam, mas eu queria mais. Peguei o avião e cheguei ao Rio de Janeiro às 18h00min. Aléxia estava aflita em frente ao condomínio e não olhou nos meus olhos, e a achei estranha, muito preocupada, distante, mas não perguntei pelo número do telefone do Taylor até chegarmos ao seu apartamento.

- Vem, esse é seu quarto – Disse Aléxia abrindo a porta. Havia uma cama de solteiro e uma porção de coisas, era confortável e tinha muitas fotos nossas em um painel na parede.

- Adorei amiga, obrigada.

- De nada... Está tudo bem?

- Não... Estou sofrendo amiga... Muito...

Fomos para a mesa da cozinha onde eu me sentei e Aléxia ficou em pé ouvindo minhas lamentações:

- Tá doendo muito... Preciso falar com o Taylor. Passe-me o número dele.

- Não tenho o número. – Exclamou Aléxia quase sem voz.

- Como não tem? Pelo amor de Deus não me diga que apagou?

- Não... Não apaguei não. Você me ligou de um número restrito.

- Restrito? Não me recordo de ver Taylor ocultando o ID de chamadas. Que droga, porque ele fez isso... – Desabei em choro.

- Me desculpa Sally. Amiga me desculpa.

- Não há motivos para me pedir desculpas Aléxia. Estou tão perdida. Queria ouvir sua voz... Sinceramente, minha vida perdeu o sentido. Quero morrer... Não aguento essa dor.

- Desculpa! – Insistiu Aléxia com os olhos cheio de lágrimas. Ela detestava me ver assim. Ela me entendia... Parada onde estava lá fiquei. Com mil pensamentos de ódio por ter sido tão boba em achar que ele iria querer falar comigo desejei morrer... Mas antes eu deveria encontrar Ashton no Fasano, afinal o número de telefone eu não tinha, então tentaria uma indicação do Ashton Kutcher para entrar no mundo dos famosos, transformando-me em um belo pássaro e voar ao lado de Taylor Lautner... As coisas estavam cada vez mais difíceis, e foi extremamente doloroso saber o que ele fez isso comigo, ele foi mau, não havia nada de errado em nos falarmos algumas vezes, me admirava ele ter dito que me amava e nem se preocupar comigo. Ele nem sequer sabia como eu estava... Senti meus ossos contorcendo de dor, minha vida estava vazia e minhas esperanças eram quase nulas... Adormeci:

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