Toda a singeleza de um homem nem
sempre pode ser descrita em palavras e assim foi com Taylor Lautner naquela
noite. Ele não disse o que eu queria ouvir, não se desculpou como deveria e não
me deu garantias de que ficaríamos juntos.
Ele pediu um
comprometimento de uma noite, mas sem garantias para o amanhã. E embora eu
ouvisse o alarme de perigo soar em uma parte da minha cabeça, me dizendo que as
palavras confusas dele assim como um possível arrependimento de ambas as partes
provavelmente chegariam na manhã seguinte, abrindo feridas e me fazendo sangrar
novamente. Outra parte de mim, queria tê-lo mais uma vez. Uma última vez em
seus braços, provando de seus beijos, de suas carícias e de seu calor. Meu
coração e meu corpo ansiavam isto, queriam a lembrança de mais uma vez. Um
último gosto.
A última parte
ganhou.
Paralisada pela
embriaguez excitante que sua figura me causava, apenas meus olhos afogueados
moveram-se trancados em sua figura enquanto ele caminhava através do jardim de
inverno do restaurante, com uma garrafa de vinho vazia nas mãos.
Ele exalava uma
alegria incomum aos meus olhos; fascinante.
Na metade do
caminho, ele meu fitou sobre os ombros prendendo meus olhos dentro dos seus,
seu olhar carregava promessas quentes enviando labaredas de fogo por minha
espinha até meu baixo ventre. Aquecendo-me. Deixando-me sem ar. Aquele simples
olhar fez coisas em meu corpo, acendendo partes que outrora estavam
adormecidas, geladas.
Seus lábios se
enrolaram em um sorriso travesso sem dentes, tão perverso quanto ele me fazia
desejá-lo levando minhas batidas cardíacas e por um instante eu me esqueci de
como respirar. Olhei sua expressão travessa e sorri por dentro.
“Quarto azul,
amor.” Ele disse num tom cadenciado, era como veludo acariciando meus ouvidos e
eu engoli minha saliva tentando sair do torpor que ele me induzia, meus olhos
vagamente captando para o corredor, onde eu deveria seguir.
Recuperei meu
fôlego embora minha pulsação seguisse desordenada, e então, empurrei as
palavras roucas além de meus lábios:
“Aonde você vai?”
“Vou buscar o
pendrive que ficou no carro,” ele disse sorrindo, “nele estão às músicas que
quero ouvir esta noite.”.
Uma grande expectativa
varreu-me de dentro pra fora ao passo que via sua silhueta sumir do meu campo
de visão, estava ansiosa pelo o quê viria, desejosa para senti-lo novamente.
Cavei meus dentes em meu lábio inferior enquanto sorria de maneira preguiçosa
apreciando as cenas que minha mente criava de nós dois.
Meu coração
pulsava feliz por estar ali, na outra mão meu corpo desperto palpitava em
expectativa pelo prazer que estava por vir.
Uma noite, só uma
noite, afirmei pra mim mesma afundando os riscos no esquecimento. Eu precisava
daquilo, depois de tudo eu merecia uma dose de carinho e amor. Não. Balancei
minha cabeça ligeiramente, não era amor que tinha ido buscar senão prazer,
prazer de tê-lo mais uma vez, de me sentir desejada pelo homem que eu amava.
Eu não podia
prever nada do que aconteceria dali a minutos, e de fato isso era irrelevante
em face de sua proposta.
E eu lhe devia,
ele tinha me dado uma noite de lembrança, eu poderia dar isso a ele também e de
quebra saciar minha fome dele, que me corroia por dentro, que me terrificava
prestes a me devorar completamente.
Ele retornou, meu
olhar focando-o assim que ele chegou ao alcance de meus olhos. O prazer
antecipado que sentia não se dava unicamente pelo o quê viria, como eu gostaria
que fosse, sentia-me plena e completa ao vê-lo andar daquela forma simples,
despojada como um cara qualquer, não o astro de Hollywood.
O homem que vinha
pra mim era apenas um cara comum em busca de alguns segundos de paz, de se
jogar em uma loucura, em uma noite de prazer com uma garota sem que isto fosse
notícia nos tabloides na manhã seguinte.
E de certa forma, eu o entendia mais agora, pois muito embora minha fama
fosse de proporções menores que a dele, Taylor e eu naquele momento éramos
apenas dois jovens dispostos a se entregarem a paixão que queimavam em nossos
corpos, dispostos a uma noite de loucuras sem pensar no amanhã.
E apesar de Deus
sabe o porquê, eu não senti medo da intensidade daquele desejo culminando-me
assim como ele não parecia sentir.
Por uma noite
todos os tropeços, mágoas e feridas seriam esquecidas cedendo lugar ao deleite
ondulando espesso a nossa volta. Eu estava pronta para me entregar.
Saltei de meus
pensamentos e a luxúria sobrepôs qualquer intenção de fraquejar quando o vi
chegar mais perto e minhas pernas se moveram, como se ganhassem vida própria
levando-me através do corredor, com ele ao meu encalço. A cada passo a
expectativa aumentava fazendo meu desejo se intensificar, umedecendo o encontro
de minhas pernas e fazendo minha respiração difícil. Seus olhos atrás de mim
queimando minhas costas somente regava gasolina ao fogo.
Cheguei à porta e
finalmente ao quarto azul. Meus olhos cresceram curiosos e deslumbrados ao
entrar, não era um quarto pequeno senão um enorme quarto, com múltiplas
divisões, uma casa média para um casal. Sua estrutura era moderna, com alguns
toques da era medieval, o que dava um toque a mais de erotismo a situação, se é
que é possível.
Havia uma grande
cama, com lençóis de seda em diferentes tons azuis e muitos travesseiros adornando
a cabeceira talhada à mão. No chão, um imenso e grosso carpete, com pequenas e
médias almofadas em formas retangulares, quadradas e redondas, todas bordadas
em fio dourados. O sofá aconchegado possuía um botão que regulava a altura e
posição, ao lado uma mesa redonda de madeira, com champanhe no gelo e uma
bandeja com os morangos mais suculentos que já vi. E, por fim, um perfume
agradável e sofisticado exalava no ar, as velas aromáticas espalhadas por quase
todo quarto criavam o clima propenso ao prazer desmedido, tudo contribuindo para
a noite de dois amantes.
Inspirei enchendo
meus pulmões com aquele perfume gostoso e exalei devagar.
Brevemente a
luxúria cedendo espaço para curiosidade, eu andei pelo interior do quarto
surpreendendo-me a cada pequeno cômodo que adentrava, encontrei uma pequena
cozinha elaborada para o clima de comodidade e discrição, além de um pequeno
bar refletido em espelho, com taças e copos de cristais raros.
Um
moderno aparelho de som parecia me convidar a tocá-lo, mas não havia planejado
nada, não tinha meus CDs comigo, sorri balançando a cabeça, não tinha minha
trilha sonora e como poderia ter? Mas Taylor parecia ter a sua e eu estava
curiosa para ouvi-la.
Dedilhei meus
dedos pelo aparelho numa busca rápida e achei algo digno dos meus ouvidos, ¹Granade de Bruno Mars ecoou pelo quarto
dando um clima de sensualidade, o que somente fez a luxúria pedir passagem
encobrindo a curiosidade e lavando meu corpo com um calor vulcânico. Sentia os
olhos de Taylor sobre mim, consumindo-me, estalando minhas terminações nervosas
e enviando arrepios por minha coluna, meu sangue começava a borbulhar, a
sensação era tão intensa que sentia me cozinhar dentro das roupas que levava em
meu corpo, minha garganta de repente estava muito seca.
Transladei até o
frigobar e arrebatei uma garrafa de água, bebi metade apreciando o frescor
momentâneo em minha garganta, muito ciente que ele seguia atrás de mim
observando tudo, mas não me importei, ao contrário, agradeci-o mentalmente por
permanecer onde estava.
Precisava me
acalmar, de alguma forma necessitava retomar um pouco do controle, que havia se
esvaído tão silenciosa e sorrateiramente.
Apertei
minhas mãos na borda pia e puxei algumas respirações, mas as sensações
permeando meu corpo, enchendo-me de desejo, de vontades que até mesmo eu
desconhecia não davam trégua, quanto mais eu tentava buscar um pouco do meu
controle mais intensas elas se faziam. Meus seios estavam inchados, sensíveis,
cada centímetro da minha pele clamando para ser acariciado...
Corri a mão por
meu cabelo, jogando os fios para trás, apenas era consciente que ao fundo a
música tinha mudado, parecia ser Mirrors
de Justin Timberlake, não estava certa, porém a batida sensual reverberou em
meus ossos, fazendo meu corpo preguiçoso. E no outro minuto meu coração trotou
enquanto minha respiração se voltava pesada quando senti mãos quentes, suas
mãos envolverem minha cintura num agarre firme, porém suave. Seu toque
chicoteando sensações prazerosas por meu corpo e meus joelhos fraquejaram,
contudo, ele me manteve segura enquanto seus lábios roçavam provocativos em
minha orelha, eu arfei.
“Eu sonhei com
você, Sally.” Ele sussurrou rouco e pausou, sua voz fazendo estragos em meu
corpo, então acrescentou. “Todo esse tempo eu sonhei fazendo coisas perversas
com você,” minha respiração era tudo, menos regular enquanto seu corpo
pressionava o meu e ele dedicava uma mordida fraca em meu lóbulo antes de
prosseguir, “coisas que não me deixavam dormir, porque eu só podia imaginar
você, sonhar com você, desejar e doer por você, amor.” O gemido baixo escapou
por meus lábios e eu senti o sorriso dele em minha orelha. Ele prosseguiu
mantendo seu tom baixo, sussurrado, apenas uma caricia no escuro. “E agora,
aqui, eu vou fazer cada uma delas.”
Seus lábios
beijaram abaixo da minha orelha, molhados e quentes, e meus ossos se
liquefizeram enquanto um choramingo dengoso deslizava em meus lábios.
Numa sincronia
perfeita seus braços se enrolaram em minha cintura e minhas mãos se agarraram a
ele enquanto meu corpo trabalhava sozinho em função dele, minha cabeça pendeu
para o lado dando espaço para sua boca escovar beijos vulcânicos por meu
pescoço.
Seu corpo balançou
ao compasso da música levando o meu, o movimento apenas era uma tortura
dolorosa incitando sua ereção pressionada contra mim, disparando correntes de
calor para minha intimidade e fazendo-me mais úmida.
Apenas respirei e
apreciei, isto era tudo que eu podia fazer no momento.
No entanto, não
era somente eu que estava afetada, através da minha própria nuvem de desejo
podia ouvir e sentir sua respiração fadigada, densa, quente sobre a minha pele,
podia jurar que ouvia seu coração bater em minhas costas, a consciência de que
ele também estava tão afetado como eu, que era eu a deixá-lo assim me fez
experimentar um sentimento de satisfação feminina sem igual. Poderosa, era
assim que me sentia e ninguém poderia me tirar à sensação de posse que eu
sentia naquele momento.
Confiante com
aquele sentimento e sedenta para sentir seus lábios, girei minha cabeça e sua
boca acertou a minha, apenas lábios se movendo num reconhecimento suave a
princípio, mas se intensificou quando nossas línguas se encontraram.
O beijo se tornou
feroz e voraz.
Uma de minhas mãos
subiu até seu cabelo enrolando os fios sedosos em meus dedos, puxando e
mantendo-o cativo sobre minha boca enquanto nossas línguas se exploravam,
tocando e sugando. Seu gosto me deixou inebriada. Molhado, fresco e quente.
Sua respiração
morna confrontava a minha enquanto nosso beijo produzia sons molhados mesclados
a sutis gemidos.
Simultaneamente
suas mãos subiram por meu estômago até alcançar meus seios e sua boca sugou meu
lábio inferior, seus dentes mordiscando minha carne antes de voltar a me dar
seus lábios e sua língua. Meus dedos se apertaram nos fios com desespero e sua
boca engoliu meu gemido sôfrego enquanto suas mãos se enchiam com meus seios,
amassando-os, fazendo meus mamilos rígidos, tão sensíveis que aquele pressionar
contra suas palmas enviava disparos de tormenta dolorosa por meu corpo, sentia
minha feminilidade latejar mais empapada que algum dia esteve.
Taylor rasgou sua
boca para meu maxilar e pescoço, dando-me espaço para respirar fadigada
enquanto sua boca cobria minha pele, seus dentes mordendo fracamente. Suas mãos
desceram para o meu quadril apertando minha carne ao mesmo tempo em que
pressionava sua longitude rígida contra meu bumbum e eu empurrava de volta. Seu
gemido foi rouco causando espasmos em meu estômago e aquele foi o gatilho para
que nossa loucura culminasse.
Suas mãos me
giraram rapidamente, sua boca tomou a minha num beijo ávido e no outro momento
as mãos grandes em minhas nádegas impulsionaram-me para cima, minhas pernas
trabalharam sozinhas enrolando-se em seu quadril.
Ele quebrou o
beijo, mas minha boca não deixou sua pele explorando seu pescoço cheiroso, com
beijos, chupadas e fracas mordidas, recebendo dele gemidos ásperos enquanto ele
nos movia através do quarto.
Taylor parou descendo-me
de seu corpo e me girou de frente para um grande espelho, as minhas costas ele
me olhava, o desejo era claro em seu olhar, chamas pulavam em seus orbes e
embora minha atenção estivesse centrada nele, eu tinha certeza que meu olhar
transmitia a mesma febre que os dele.
Ele nos obrigou a
uma luxúria calmante, porém não menos intensa. Um breve momento de uma
paciência que eu não tinha, mas era obrigada a ceder absorta na áurea erótica
que nos envolvia enquanto suas mãos serpenteavam meu corpo, com suavidade e
cuidado, recordando e eu me deliciei naquele ato saboreando cada diferente
sensação que seus toques me causavam. No entanto, aquela esperava apenas fazia
minha fome dele maior, crescendo lenta e constante de forma que eu não sabia se
seria capaz de aguentar. Tinha ânsias para possuir seu corpo magnífico em
minhas mãos forçando-o dentro de mim.
Seus olhos eram
maliciosos observando minha reação ao passo que ele descia as alças da minha
blusa acariciando meus ombros no processo, seu toque estremecendo meu corpo e
pondo meus pelos eriçados. Ele escovou sua boca em minha pele, primeiro em meu
ombro direito depois o esquerdo. Minha blusa desceu sozinha até minha cintura
expondo meus seios inchados dentro do soutien e Taylor encheu seus olhos com a
visão destes, logo após descendo seu olhar febril até meu umbigo.
Eu suspirei
fortemente e lambi os lábios aguardando seu próximo passo.
Ele deu a volta
pairando em minha frente, sem nenhuma palavra ou pausa sua boca desceu beijando
o monte elevado de meus seios, alternando de um para o outro, com beijos e
lambidas ásperas. Minhas mãos se juntaram ao seu cabelo enquanto eu curtia a
sensação daquele prazer, então sua boca fez o caminho abaixo, suas mãos
acompanhando a descida pelos meus flancos. Sua língua circulou meu umbigo antes
de se enfiar nele, molhando-o, Taylor fazia amor com aquela parte outrora
insignificante do meu corpo.
Sob minhas
pálpebras pesadas, mirei o espelho me surpreendendo com minha face extasiada no
reflexo, abaixo Taylor ajoelhado diante de mim, aquela certamente era uma visão
poderosa, tê-lo lá daquela forma me fazia sentir como uma deusa.
Taylor se
levantou, suas mãos agarradas na blusa amontoada em minha cintura, elevei meus
braços e ele a tirou de mim. Sua boca tomou a minha ao mesmo tempo em que seus
dedos abriam o fecho do meu soutien, no outro segundo, ele se desfez da peça e
se afastou o suficiente para me olhar.
Olhos perversos
cobiçaram meus seios nus, sua língua saltou fora correndo por seus lábios e eu
a invejei, umedecendo meus próprios lábios.
“Lindos. Definitivamente deliciosos.”
Suas mãos
sustentaram o peso de meus seios enquanto ele prendia meus cumes duros entres
seus polegares e indicadores, apertando, puxando e torcendo-os levemente um
momento antes dele se inclinar levando um dos brotos sensíveis para dentro do
calor de sua boca somando minhas sensações.
“Taylor.”
Gemidos baixos
escapuliam da minha boca.
Ele trabalhou meu
caminho para o inferno, a língua contornando meu mamilo antes de chupá-lo
apertado, amamentando-se dele, os dentes mordiscou e minhas costas se arquearam
oferecendo-me para ele, como um banquete, e meus dedos se fizeram mais rudes em
seus cabelos. Taylor mudou de seio dando-lhe a mesma atenção. Uma tormenta de
sensações prazerosas devastava-me por dentro, sentia minha calcinha encharcada,
meu sexo doía latejando, pulsando ansioso para recebê-lo novamente.
Sua boca se tornou
furiosa cobrindo todo meu seio, intercalando de um para o outro, a língua
correndo pelos contornos e o vale entre meus seios enquanto suas mãos se
voltavam atrevidas em minha saia, com movimentos desesperados e desajeitados,
porém com o único intento de ter a peça fora do meu corpo. Minhas próprias mãos
correram por suas costas amplas e o desejo de sentir seus músculos firmes e
tensos sobre as pontas dos meus dedos me culminou, alucinadas minhas mãos
puxaram a peça, brigando com ela.
Atendendo ao meu e
seu próprio desejo, Taylor retirou a camisa tão rápido quanto meus olhos
puderam captar e arrastou minha saia abaixo, com um puxão brusco deixando-me
apenas com a calcinha de renda transparente que eu gostava de usar. Meus dedos
correram por suas costas, sentindo os músculos tensos daquela parte, apertando
sua carne um momento antes de ele se ajoelhar na minha frente e terminar de
retirar minha saia.
Saia fora, toda
sua atenção se focou no ponto entre minhas pernas e minhas bochechas coraram,
porque eu sabia que minha excitação líquida tinha feito minha calcinha
transparente invisível ante seus olhos gulosos. Mãos quentes deslizaram acima
por minhas coxas, uma provocação lenta e sensual, meu corpo todo palpitou em
expectativa.
Taylor mergulhou
seu indicador em sua boca, molhando-o, então tocou meu umbigo com ele fazendo o
caminho até meu clitóris por cima do fino tecido.
“Deliciosa.” Ele
murmurou em tom baixo enquanto eu engolia um gemido e espremia meus dedos em
seus ombros nus.
Meu corpo todo
enrijeceu a primeiro momento, mas então latejou, cada parte vibrando quando
senti seu dedo correr pela minha virilha afastando a calcinha de lado, meus
olhos caíram abaixo observando-o no momento que sua língua surgiu dedicando uma
lambida lenta e atordoante em minha intimidade, indo o mais longe que minhas
pernas juntas permitiam até encontrar meu clitóris sugando dentro de seus
lábios aquela minúscula, mas tão potente parte de mim.
“Deus, Taylor.” Eu
murmurei, com um gemido estrangulado, minha cabeça jogada para trás enquanto
meus dentes maltratavam meu lábio.
Perdida na
sensação de ter sua língua naquela parte tão intima de meu corpo, não percebi
quando a calcinha foi retirada, apenas tinha a vaga ideia de estar
completamente nua e a sua disposição. Meu corpo trabalhando sob o comando de
seu prazer conversando com Taylor, apenas um toque gentil e ele agia sozinho, e
foi com um toque que minhas pernas se separaram dando-lhe o espaço que queria.
Outro toque, e minha perna esquerda levantou sobre seu ombro, com a ajuda de
sua mão.
Sua cabeça se
acomodou no meio das minhas pernas, a língua me levando a morte, com lambidas
ora rápidas, ora lentas, e sucções barulhentas.
Eu não sabia o que
era mais prazeroso: sua língua lambendo meu sexo como se fosse um doce, o que
somente me fazia mais molhada a cada lambida; seus cabelos acariciando minhas
coxas; os sons molhados de sua sucção mesclados aos seus gemidos roucos ou a
nossa imagem no espelho. Sem cabeça para dúvidas, decidi que era por tudo.
Meu estômago
estava apertado pelos espasmos eróticos, minha vulva pulsando dolorosamente e
meu ventre vibrava acalorado, a excitação corria por minha espinha e inundava
minha corrente sanguínea, preenchendo meus poros.
“Deus, baby, você
é perfeita,” ele gemeu golpeando meu clitóris, “o céu e o inferno bem aqui.”
Sua língua desceu e voltou, os lábios sugando o montículo de nervos e meu
quadril tencionou contra seus lábios. “Tão doce amor..., poderia te lamber a
vida toda e nem assim eu teria o suficiente.”
Meu corpo doía por
libertação.
“Taylor, por
favor,” chorei puxando seus cabelos rudemente.
Ele parou
espalmando suas mãos nas laterais do meu quadril num agarre forte e seguro
enquanto me dizia, “coloque a outra perna no meu ombro.” Antes mesmo do meu
cérebro processar a informação, meu corpo o obedeceu, escarranchada sobre seus
ombros, totalmente exposta aos seus lábios e a mercê de sua língua.
Por um segundo
senti medo de cair quando ele se levantou, mas assim como o sentimento veio ele
se foi, Taylor me segurava como se eu fosse à coisa a mais importante de sua
vida. Minhas mãos seguiam em seu cabelo num aperto firme enquanto ele
caminhava.
Poucos passos
depois e eu estava sentada sobre o balcão do bar, o contato da minha pele
aquecida contra o mármore gelado fez meu corpo estremecer, mole demais para
permanecer sentada deslizei minhas costas no mármore frio apreciando a sensação
e eu relaxei.
Minhas pernas
ainda sobre os ombros de Taylor se esparramaram por seus braços fortes, exposta
e vulnerável para os seus desejos, suas mãos se mantinham em meus quadris.
A respiração morna
dele beijou minha intimidade antes da sua boca fazê-lo, Taylor beijou meu sexo
como se beijasse minha boca, logo sua língua deslizava por minhas dobras
inchadas indo do meu clitóris até o final das minhas nádegas, outra e mais
outra vez. Então, a ponta dela sondou minha entrada estreita, circulando-a,
provando-me e entrou sem aviso nenhum fazendo minhas costas arquearem
violentamente enquanto sentia aquela pequena, mas deliciosa parte dele ir dentro
de mim tão profundamente quanto podia.
Sua boca transava
comigo, a língua me penetrando com golpes lentos e torturantes, explorando meu
calor feminino, colhendo minha nata ao passo que sentia seus lábios macios
acariciarem minhas dobras e meu períneo.
O calor se
arrastava por minha pele indo de encontro ao meu baixo ventre, gemidos
disputavam espaço em minha garganta com minha respiração falha.
Dedos habilidosos
pressionaram meu clitóris e eu quase pulei ante a sensação de prazer que me
cortou enquanto gemia languidamente.
“Está gostoso
amor?” Pude sentir a diversão sombria em seu tom, enviando lanças de excitação
por meu canal, mas não tive forças para respondê-lo. Ele pressionou novamente e
massageou aquele ponto explosivo, alternando com movimentos rápidos e lentos,
eu me desmanchei em sua boca. “Gosta quando eu faço assim?”
“Sim, Taylor,” ele
aumentou a velocidade dos movimentos e a invasão de sua língua. “Deus, Taylor,
assim.”
Balancei contra ele
movendo meus quadris, meus dedos encontrando seus cabelos, mantendo-o lá,
precisava de um pouco mais, podia sentir meu orgasmo se construindo em uma
espiral de fogo, meus músculos todos estavam tensos, apertados e necessitados
pelo relaxamento que minha libertação traria, o calor estava cada vez mais
intenso, fazendo-me suada.
No entanto, muito
mais cedo do que desejei, sua boca e seus dedos me abandonaram e eu gemi
frustrada, irritada. Ouvi seu riso baixo antes dele me puxar para seu corpo,
tirando-me do balcão, minhas pernas se prenderam em sua cintura e meus braços
em seu pescoço.
“Eu vou te virar
do avesso.” Ele grunhiu no meu ouvido enquanto voltava a caminhar pelo quarto.
Não era uma promessa senão uma afirmação.
Ele me beijou
ardentemente roubando meu ar e minhas batidas cardíacas, então me deixou sobre
as almofadas no carpete persa e se afastou, com seu olhar preso a mim.
Ele demonstrava
grande regozijo puramente masculino ao ver minha face estampada com o prazer
alucinante, que somente ele podia me dar. Eu estava irritada por seu
afastamento, mas era difícil proferir palavras quando eu bebia de sua figura
pecaminosa.
Sob meu olhar
angustiado, Taylor retirou os sapatos e meias, depois o cinto e logo após
desceu o zíper numa lentidão que me deu vontade de bater nele e ele sabia, seu
riso divertido, porém orgulhoso demonstravam o quanto ele estava adorando ver
minha ânsia por tornar a vê-lo após tanto tempo. Na mesma lentidão ele se
despojou da calça me lançando um olhar matreiro por manter a cueca, que já não
conseguia por si só cumprir seu papel dando-me a visão da ponta grossa
sobressaindo ligeiramente sob o cós da cueca. Mesmo sem Taylor tocar em seu
membro, eu o via latejar quase que imperceptivelmente, movendo-se de maneira
sutil como se tivesse vida própria.
Taylor me olhava
faceiro apreciando a visão de meu corpo nu sobre as almofadas e minha face
desejosa. Movi meu olhar para sua face estampando um descaramento deslavado e
mordi o lábio sentindo calafrios pela vaidade de ter um homem tão suculento
disposto a satisfazer meus desejos, com a exuberância de um semideus do prazer.
“Você o quer
Sally?” Ele inquiriu provocativo enquanto corria a mão sobre o volume
desconcertante em sua cueca.
“Sim..., quero,”
suspirei com o beliscão doloroso em minha intimidade. Cheia de coragem e com
uma desinibição nunca sentida antes acrescentei. “E quero agora Taylor.”
“Então vem pegar,
vem.” Provocou malicioso.
Captando seu
estado de espera ansiosa, coloquei-me de pé atinando que ele apreciava cada
passo que eu dava, seus olhos de exagerada cobiça cheios com a visão do meu
corpo nu caminhando para ele. Quando na sua frente, envolvi meus braços nele
sentindo mais uma vez o perfume do seu pescoço, toquei meus lábios em sua
orelha e suas mãos me apertaram enquanto eu sorria muito satisfeita. Desci
beijos por seu maxilar, pescoço, peito...
Circulei cada um
de seus mamilos, com minha língua desfrutando mais uma vez de sua pele macia
e adorando vê-lo se tencionar ante um simples ato.
Sua mão enrolou
meus cabelos no alto limpando sua visão, ver cada ação minha parecia excitá-lo
assim como o orgulhava ver qual efeito seu corpo surtia em mim, como se eu
fosse uma viciada buscando satisfação na minha droga preferida: ele.
Deslizei minha
língua por seu abdômen desenhado, minha boca desceu por sua barriga dura
absolvendo com minha língua o sabor de sua pele e por fim dediquei alguns
breves segundos percorrendo seu umbigo, retribuindo sua ação anterior.
Ele exprimia
baixos e roucos gemidos, e longos suspiros, que só me fazia mais segura
enquanto me ajoelhava a sua frente.
De joelhos
confrontei meu objeto de cobiça, a cabeça bulbosa exibindo malvadamente uma
fina camada de pré-sêmen, como um óleo perfumado, fazendo-a brilhosa e
suculenta a minha boca.
Levei meu olhar
acima encontrando o olhar ansioso dele sobre mim, aguardando numa máscara
rígida pelo meu próximo movimento. Logo abaixo da ponta, meus dedos contornaram
sua longitude, revelando-a um pouco mais e ainda o olhando minha língua se
precipitou fora varrendo toda a superfície molhada, colhendo seu prazer num
lambida lenta e demorada. Sua mão puxou meu cabelo com um pouco mais de força,
então ele soltou um palavrão, sua face dominada pelo prazer antes de ele jogar
a cabeça para trás, com seus olhos fechados.
Desci sua Calvin
Klein até seus tornozelos e ele tratou de tirá-la usando os pés. Meus olhos à
frente, eu finalmente pude admirar sua ereção, meus dedos pinicaram para
tocá-lo e eu não esperei para fazê-lo, enrolando meus dedos entorno de seu
comprimento duro.
“É tão duro, mas
mesmo assim tão macio e quente,” murmurei banhada na luxúria, ao fundo, muito
distante ouvindo um gemido áspero seu. “Eu gosto.”
“Você diz as
coisas mais amáveis Sally.” Ele disse um pouco mais alto, mas ainda muito
sensual aos meus ouvidos atraindo minha atenção.
Devotei-lhe um
olhar maldoso enrolando meus lábios num sorriso sensual.
“Mas quero fazer coisas perversas com você,
Taylor.”
As palavras
deslizaram por meus lábios antes que eu me desse conta, foram atrevidas além do
que estava acostumada, mas no fundo eu sabia o porquê de tê-las proferido, não
era amor, ilusões que eu estava buscando lá senão prazer, apenas prazer entre
um homem e uma mulher.
Corri minha palma
pelo seu comprimento até seu eixo e voltei admirando o pulsar dele em minha
palma, era quente, firme, mas aveludado. Inclinei tomando-o em minha boca
apenas a cabeça vermelha, minha língua correu por ela, contornando, lambendo-a
brandamente antes de sugá-la com estalido. Taylor gemeu e sua mão tentou
forçar-me a frente, porém me mantive firme.
Era minha vez de
degustá-lo a minha maneira e ao contar pela maldição que ele soltou, e o
afrouxamento de sua mão em meus cabelos, ele entendeu o recado mudo.
Voltei a sugar seu
membro levando-o um pouco mais, mas não o suficiente como eu desejava, seu
tamanho embora não fosse uma obscenidade, ele era grande e espesso demais para
caber todo em minha boca, contudo, levei-o até aonde pude.
Minha mão sobre
ele encontrava meus lábios a cada nova sucção, minha língua corria por seu
comprimento antes de eu retirá-lo da minha boca somente para tornar a colocá-lo
novamente. Sentia os quadris de Taylor tenso na minha outra mão, controlando-se
para atender meu pedido. Lambi toda sua espessura, minha língua correu da ponta
até o eixo deixando-o lustroso com minha saliva.
Ele era delicioso,
viciante, seu gosto agia diretamente em meu centro pulsante fazendo-o
impossivelmente dolorido. Flexionando sua ereção para cima, olhei-a por um
breve momento vendo as veias saltarem, então lhe dediquei uma lambida da base
até a ponta. Refiz o ato outra vez olhando acima, vendo a face de Taylor
contorcida pelo prazer.
Seus gemidos rudes
e ásperos, porém luxuriosos zumbiam a nossa volta alimentando minha sensação de
poder e excitação, arrebatando-me ao paraíso que era senti-lo tão intimamente.
Tornei a tomá-lo
em meus lábios, agora minhas sucções eram mais vorazes, mais gulosas e Taylor
desistiu de dar meu tempo forçando minha cabeça mais uma vez, tentando dominar
meus movimentos conforme seu prazer enquanto seus quadris se arqueavam para
frente. Mantive-me firme em minha posição e dediquei uma chupada estalada na
cabeça cega, e Taylor urrou de prazer. Fiz de novo e ele perdeu o controle.
Suas mãos me
puxaram para cima antes que eu pudesse protestar e seus lábios me tomaram num
beijo furioso, o desejo explícito no ato era tão intenso que chegava a ser
palpável. Ele investiu a frente obrigando-me a caminhar e nos girou pouco
depois, seu corpo caindo comigo nas almofadas enquanto ele mantinha seus braços
a minha volta de forma protetora.
Cai sobre seu
peito duro e no outro segundo ele tentou me puxar para cima de seu corpo, mas
muito embora eu ansiasse desesperadamente por senti-lo me encher novamente, eu
queria mais de seu gosto em minha boca.
Deslizei para o
lado e desci até seus quadris, ciente que meu quadril estava exposto para ele
de forma ousada e apesar do rubor cobrir minha face, não me envergonhei, pois
era assim que ele me fazia sentir naquela noite: ousada, quente, atrevida e
mulher.
Segurei a base de
seu membro envolvendo meus lábios nele enquanto pescava pelos cantos de meus
olhos Taylor levantar a cabeça e logo deixá-la cair de volta gemendo roucamente,
quando o tive em minha boca.
Segundos depois
senti suas mãos em minhas coxas, logo meus quadris, então ele me puxou para
ficar em cima dele, uma perna de cada lado da sua cabeça, aberta para ele. Um
jato de excitação molhou ainda mais minha feminilidade e meu centro pulsou.
Taylor não esperou
um pedido, sua língua estava em mim no segundo que ele me teve como queria,
voltando a torturar minhas dobras com sua língua, me fazendo gemer contra seu
membro.
O prazer daquela
posição era ainda maior, dando-me ganas de mordiscá-lo pela sensação gostosa
dos rápidos toques de sua língua buliçosa. Mantendo uma mão numa de suas coxas,
deslizei a outra para as bolsas duras sob seu membro, acariciando-as enquanto
seguia sugando-o, ele retesou o quadril lançando-o acima e eu gemi a sua volta.
“Essa delícia é
somente minha Sally.” Ele disse num tom possessivo e grave ao mesmo tempo em
que me penetrava facilmente com dois de seus dedos, fazendo-me engasgar contra
seu membro.
Retirei-o da minha
boca e tornei a segurá-lo, parada, apenas me deliciando com a sensação gostosa
de ter seus dedos longos batendo dentro de mim.
Suguei-o dentro da
minha boca outra vez demonstrando a ele com minhas sucções fortes quanto prazer
ele estava me dando, com o entra e sai de seus dedos.
No limite de
nossos corpos, ele interrompeu meu prazer mais uma vez tirando-me de cima dele,
deitada de costas sobre as almofadas ele se posicionou ajoelhado entre minhas
pernas, suas mãos abrindo estas ainda mais. Seus olhos estavam fixos em meu
sexo aberto para ele, pronto para recebê-lo.
Com um suspiro
fundo, ele moveu os lábios lentamente:
“Gostosa.”
No outro instante
seu corpo desceu deixando-nos a uma curta distância, uma de suas mãos estava
esticada ao lado do meu corpo e usando a outra ele agarrou seu membro,
desferindo três golpezinhos sobre meu clitóris. Em seguida correu a ponta entre
minhas dobras espalhando minha lubrificação natural e lançou saliva de seus
lábios sobre seu comprimento, deixando-o mais lubrificado para que a penetração
fosse mais fácil devida sua espessura.
Entrando num
universo paralelo do mais profundo prazer senti Taylor me invadir com duro
golpe, sentia como se me rasgasse em um penetrar deleitável de dor/prazer,
causando-me uma ânsia nunca sentida antes. Meu gemido foi longo, sua boca me
cercou arrebatando pra si meus gemidos suplicantes por mais, ele tornou a
empurrar sujeitando seu quadril mais duas vezes, e então, ele estava
profundamente dentro de mim.
A sensação de
estar cheia dele, sentindo-o pulsar em meu calor interno enquanto minhas
paredes se moldavam a sua volta, apertando mais do que ambos podíamos suportar,
tragando-o mais profundamente, se é que é possível, fez qualquer inibição e
controle que ainda me restava ir para os ares.
Taylor deixou meus
lábios jogando a cabeça para trás e gemeu alto e longo quando esteve todo
dentro de mim parando por alguns segundos, submerso em seu próprio prazer.
Seus músculos
estavam marcados e tensos, as veias de seu pescoço marcando e seu maxilar
rígido. Vê-lo daquela forma ateou pólvora à fogueira dentro de mim.
Seus olhos me
acertaram carregados por uma densa e desmedida luxúria, eu perdi o fôlego e meu
centro pulsou entorno da sua rigidez exigindo seus movimentos, ele sorriu
perverso e baixou sua boca para meus seios oscilando entre um e outro, tragando
meus mamilos numa pressão mais bruta enquanto ele começava a se mover.
Eu me movi em
baixo dele arqueando meus seios para ele ao mesmo tempo em que buscava uma
penetração mais rápida. Abracei suas costas puxando-o para cima de mim de forma
que ele estivesse todo sobre meu corpo, em seguida me deleitando por ter seu
peitoral duro pressionado contra meus seios e pelo calor que seu corpo emanava
sobre o meu.
Sentia seus movimentos fracos ganhando vigor
gradativamente, como se preparasse meu interior para a brutalidade que viria
consecutivamente enquanto eu somente podia gemer perdida na sensação de seus
movimentos.
Apoiado nos antebraços, cada um de um lado da minha
cabeça, ele brincou com seus movimentos enquanto distanciava nossos corpos o
suficiente para olhar abaixo entre eles, assistindo o espetáculo de suas
estocadas lentas, um entra e sai vagaroso demais, me fazendo morder os lábios
em desespero e choramingar enquanto apertava suas costas.
Seu olhar oscilou para mim observando de maneira
presunçosa o prazer cortante estampado em minha face, minha respiração saia
entrecortada, muito alta. Ele me beijou de forma suave e calorosa assim como
era sua penetração. Então me olhou, seus olhos maldosos, perversos quando ele
aumentou seus golpes em meu canal até que o chocar molhado de nossos sexos
preenchiam o ar misturando-se aos nossos gemidos e respirações ofegantes.
Entretanto, tão cedo seus movimentos pararam e ele se
retirou de mim, a perda dele e seu calor me enlouqueceram. Rapidamente ele
puxou algumas almofadas empoleirando-as uma sobre a outra e me deitou sobre
estas, meu corpo estava numa altitude maior que a usual. De joelhos, Taylor
olhou nos meus olhos, com um meio sorriso sacana.
Ele estava me provocando, retardando nosso ápice de
propósito.
Movida pelo um atrevimento incomum gerado pela irritação
de sua provocação fui até ele, me colocando de joelho também e mordi seu lábio,
em seguida puxando seu corpo pra cima de mim. Ele me arrumou sobre as almofadas
novamente e me penetrou enquanto chupava meu pescoço e se movia brandamente.
Tomada pela angustia e pelo medo dele interromper nossa
dança sensual outra vez, espalmei minhas mãos em suas nádegas duras,
pressionando-as seguras, ansiando tê-lo mais profundamente. Só não contava com
o prazer extra que aquele ato me proporcionaria, sentir aquela parte dele
contraindo-se sob meus dedos a cada golpe de seu membro dentro de mim fazia
meus olhos rolaram fora de órbita.
Seus dentes cravaram-se delicadamente na ponta da minha
orelha, estirando antes de sugá-la, então parou por um instante sussurrando ao
pé do meu ouvido uma indagação ofegante.
“Paradise?”
Não pude responder, ele se levantava no outro segundo
mantendo nossa união enquanto ficava de joelhos e usava suas mãos para abrir
minhas pernas mais amplas, ao passo que observava descarado o seu desempenho
alucinado, seus lábios esboçando um sorriso safado, desfrutando da vista de
dentro-e-fora e dos meus gemidos pela rapidez e força que ele me invadia.
O desejo dissolvia os movimentos do meu corpo, como se
extinguissem todos os ossos e ele, Taylor, me modelava conforme a sua vontade.
Num movimento rápido e habilidoso, ele me colocou sobre
meu estômago penetrando-me antes que eu desse por falta de seu membro, suas mãos
amassaram meu bumbum enquanto ele seguia vindo cada vez mais rápido, profundo
antes de uma de suas mãos se enrolarem em meus cabelos, domando-me.
Seus gemidos aumentaram acompanhando os meus, senti sua
língua percorrer minhas costas em linha reta, mordidas fracas sobre minha pele
levava-me cada vez mais alto, meu ventre apertava num aperto cada vez mais
firme.
Taylor bateu em mim, dentro-e-fora, seus movimentos cada
vez mais rudes, mais rápidos e mais fortes. O ar já me faltava e eu sentia como
se fosse morrer a qualquer momento, era muito, não podia aguentar tal prazer.
Sua mão infiltrou entre meu corpo e as almofadas
alcançando o ponto entre minhas pernas, meu gatilho para a libertação que meu
corpo ansiava sentir.
Seus dedos se moveram em sincronia com suas estocadas
enquanto meu quadril se movia jogando-se de encontro a ele, os sons do nosso
prazer encheu o ar sobrepondo a música que outrora tocava no ambiente. Minhas
coxas tremiam e a larva vulcânica centrou-se em meu baixo ventre pouco antes do
ápice se derramar sobre mim, derretendo-me num grito sem fôlego, meu quadril
retesou duramente balançando duramente contra o dele, buscando mais de suas
penetrações profundas, mais dele, mais de tudo.
Cada centímetro da minha pele estava arrepiada, suada.
Degustando meu próprio prazer eu o senti vir logo após,
seus movimentos se tornaram animalescos, frenéticos de forma que seu quadril
surrava minhas nádegas enquanto ele martelava dentro de mim. Senti seu corpo
todo enrijecer e então ele veio, com um gemido gutural e jatos quentes de sua
semente cremosa dentro de mim.
Taylor golpeou-me mais duas vezes antes de cessar seus
movimentos e seu corpo cair sobre o meu, ele rolou para o lado me levando com
ele sem deixar meu interior.
De lado ficamos, ainda unidos e abraçados enquanto
aguardávamos nossas respirações se acalmarem, embora nossos corpos somente
pudessem ter descanso após estarem plenamente satisfeitos um do outro e eu
desconfiava que isto não estava nem perto de acontecer, mas então, tínhamos a
noite toda.
* * * * *
O tempo passou sem que notássemos e esgotados depois de
realizadas todas as fantasias que haviam surgido, Taylor olhou-me com uma
gratidão estampada, embora não pudesse admitir o quanto havia sido incrível e o
quanto mais perversões ainda gostaria que gostaria de realizar.
Havia sido apenas uma noite, mas vendo a forma como me
observava senti que sua satisfação era momentânea e por um segundo achei que
iniciaríamos tudo novamente.
Suas mãos me tocaram, deslizando por minha barriga e seus
lábios envolveram os meus em um último beijo quente antes que o cansaço
atingisse seus olhos em um piscar de sono.
Ele tinha muito a dizer, mas não ousou a dissipar palavra alguma, senão
um obrigado seguido de um toque amoroso.
Unicamente com a toalha em volta de nossos corpos, ele se
deitou na cama e me convidou para deitar em seus braços. Meus pés se moveram e
logo me aconcheguei contra seu corpo, sua respiração regular beijava minha nuca
e sua mão morna acariciou meu seio até ele adormecer.
“De nada,” murmurei vendo-o entrar em sono
profundo, então o imitei.
Nada de relevante
foi dito e nada seria dito, eu sabia, provavelmente as lamentações, sua balela
sem nexo e seu arrependimento voltariam quando ele estivesse desperto, a
consciência disto trouxe a raiva para o meu peito e o anseio por vingança.
Olhando sua figura
adormecida e a dor ameaçou meu peito, mas antes que ganhasse espaço, minha
raiva rugiu e a razão caiu sobre mim, como uma bomba.
Nosso momento
tinha chegado e passado, e era somente isso: um momento, uma noite como
lembrança que eu devia a ele e quis dar a mim mesma. Mas agora, voltávamos para
a realidade cinzenta.
Um sorriso
malicioso surgiu em meus lábios enquanto minha mente rancorosa gritava em meu
ouvido: Aqui se faz aqui se paga.
Lancei meu olhar
sobre o pendrive, com seus arquivos, a chave do carro estava sobre a mesa
redonda e o carro estava na garagem.
Por que não?
Pensei.
Resolvi
poupá-lo das desculpas esfarrapadas, tampouco as queria ouvir. Tal qual Taylor
fez no Brasil, olhei-o dormindo profundamente e desapareci levando tudo que
provava que aquela noite havia existido.
Joguei todas as
garrafas no lixo, arrumei o frigobar, apaguei as velas e organizei tudo como
estava quando entramos. Mas ainda não era suficiente, então puxei a tolha que o
encobria e retirando todos os lençóis exceto o que forrava o colchão, e
entreguei a camareira, bem como suas roupas para que ela levasse a lavanderia.
Olhei seu corpo nu
sobre a cama e imaginei seu despertar por um momento.
Deixei
o restaurante “A pequena porta” com um sorriso leviano no rosto enquanto as
serviçais do hotel olhavam-me invejosas por ter passado a noite com ele.
Não se trata de
vingança senão de justiça.
Embora um pouco
cansada, ainda sentia-me muito poderosa. Coloquei seu pendrive no carro e
desfrutei do som da música Carry on my
wayward son do Kansas.